Por Renan Hamann
8 de Dezembro de 2011
8 de Dezembro de 2011
Doenças que se espalham por todo o mundo disputam com as bombas nucleares o posto de arma mais letal do mundo.
Em 1945, duas cidades do Japão foram devastadas por um – na ocasião – novo armamento criado pelos norte-americanos. Eram as bombas atômicas que atingiram as cidades de Hiroshima e Nagasaki, em um dos episódios mais tristes da história da civilização, causando a morte direta e indireta de milhares de civis.
Mais tarde, cerca de dois anos atrás (na metade de 2009), o mundo inteiro temeu uma mesma doença: a gripe suína. De origem até hoje não confirmada, o vírus H1N1 se espalhou pelo planeta, causando pânico em muitos países. O número de casos também ultrapassou a casa dos 100 mil (com quase 1% de mortes confirmadas).
Mas o que seria mais nocivo à raça humana: uma doença que se espalha silenciosamente ou uma estrondosa bomba capaz de acabar com cidades inteiras? É o que descobriremos após analisar alguns dos principais pontos em que as duas ameaças podem ser consideradas “competidoras”.
Um exemplo bastante concreto está no site da Sociedade Brasileira de Infectologia. A dengue, que assola muitas pessoas no Brasil e também em outros países, pode se tornar ainda mais letal com a alteração de apenas dois genes.
Não podemos nos esquecer de que os cientistas possuem a chave para modificar códigos genéticos e criar vírus e bactérias muito mais poderosos do que os que conhecemos atualmente. Isso significa que a produção de armas biológicas pode estar acontecendo agora mesmo, em qualquer laboratório do planeta, sem que ninguém saiba.
Como o próprio Tecmundo afirmou há poucas semanas, uma pequena variação no vírus da gripe aviária (H5N1) pode fazer com que 50% da população mundial seja varrida da Terra. Os pesquisadores envolvidos afirmam que são apenas estudos para tentar entender os modos de transmissão da doença, mas se cair em mãos erradas – ou mesmo se vazar –, o vírus pode ser fatal.
Já bombas atômicas são um pouco mais difíceis de serem criadas, pois o comércio de material radioativo é controlado em todo o planeta. Logicamente, pode existir contrabando de elementos, mas mesmo assim a produção de armamentos atômicos dificilmente passa despercebida.
E a ativação passa pelo mesmo problema. Enquanto proliferar um vírus pode ser muito simples (bastando contaminar uma pessoa e esperar pelo espalhamento), causar mortes com bombas atômicas não é nada discreto. O responsável precisa de um lançador (geralmente são utilizados aviões ou mísseis), o que é facilmente percebido por radares.
Ogiva recuperada após teste (Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
Caso consiga ultrapassar bloqueios, a bomba sofrerá uma enorme explosão, causando a morte de milhares de pessoas (dependendo da localização do impacto). Cruzamentos de informações de vários países pode fazer com que o ponto de saída do armamento seja rapidamente descoberto.
Mas quando essas doenças saem desses limites territoriais para se espalhar por todo o mundo, considera-se que a enfermidade infectocontagiosa transformou-se em uma pandemia. Ao longo da história, podemos citar entre as piores pandemias doenças como a Peste Negra (que matou 20 milhões de pessoas na Europa) e a Gripe Espanhola (mais de 25 milhões de mortes).
Hiroshima, após os ataques (Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
Depois do primeiro impacto, ainda existe a radiação responsável por mais um considerável número de mortes e infecção de plantações. Mesmo assim, é possível reduzir os efeitos por meio de isolamentos de áreas e utilização de proteções adequadas para a evacuação.
Quando voltamos a pensar nas armas biológicas e vírus naturalmente modificados, não contamos com o mesmo “alarme” das bombas. Pela mesma discrição que relatamos ao falar sobre a criação, os vírus se espalham de uma maneira quase invisível.
Dependendo do tempo que eles possam ficar dentro do corpo humano sem gerar sintomas, o portador pode ser responsável pelo transporte da doença para diversos locais. Por exemplo: a gripe aviária teve origem na Ásia, mas acabou sendo levada para outros lugares do mundo, pois demorava alguns dias até causar dores e desconfortos.
Combate à gripe suína, no México (Fonte da imagem: Reprodução/Flickr - Sari Huella)
A gripe suína também começou em um local específico e depois foi proliferada. Inicialmente sendo identificado no México, o vírus H1N1 se alastrou graças ao grande número de viagens aéreas realizados por pessoas infectadas, segundo a Organização Mundial da Saúde.
(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
falamos em armas biológicas e pandemias, precisamos lembrar que o poder de proliferação delas é muito maior do que o de qualquer material radioativo de bombas. Doenças podem ser espalhadas por contato físico, ar, carnes e vegetais, além de roupas e outros tecidos que podem ser transportados em viagens, por exemplo.
Por essa razão, é possível afirmar que pandemias podem ser muito mais eficazes na dizimação da raça humana do que armas nucleares. Caso algum dia seja produzido um vírus tão poderoso quanto o ebola e capaz de ficar em repouso dentro do corpo humano por um longo período de tempo sem oferecer sintomas (como acontece com o HIV), dificilmente a medicina conseguirá vencê-lo.
Mais tarde, cerca de dois anos atrás (na metade de 2009), o mundo inteiro temeu uma mesma doença: a gripe suína. De origem até hoje não confirmada, o vírus H1N1 se espalhou pelo planeta, causando pânico em muitos países. O número de casos também ultrapassou a casa dos 100 mil (com quase 1% de mortes confirmadas).
Mas o que seria mais nocivo à raça humana: uma doença que se espalha silenciosamente ou uma estrondosa bomba capaz de acabar com cidades inteiras? É o que descobriremos após analisar alguns dos principais pontos em que as duas ameaças podem ser consideradas “competidoras”.
Discrição na fabricação
Há alguns vírus que são considerados mutantes, porque podem modificar seu código genético por várias vezes (geralmente compostos por RNA). Isso os torna imunes a boa parte dos medicamentos que existem, sendo necessário desenvolver novas maneiras de combatê-los. O problema é que isso leva um tempo para ser produzido - tempo que pode ser demais para muitas pessoas.Um exemplo bastante concreto está no site da Sociedade Brasileira de Infectologia. A dengue, que assola muitas pessoas no Brasil e também em outros países, pode se tornar ainda mais letal com a alteração de apenas dois genes.
Não podemos nos esquecer de que os cientistas possuem a chave para modificar códigos genéticos e criar vírus e bactérias muito mais poderosos do que os que conhecemos atualmente. Isso significa que a produção de armas biológicas pode estar acontecendo agora mesmo, em qualquer laboratório do planeta, sem que ninguém saiba.
Como o próprio Tecmundo afirmou há poucas semanas, uma pequena variação no vírus da gripe aviária (H5N1) pode fazer com que 50% da população mundial seja varrida da Terra. Os pesquisadores envolvidos afirmam que são apenas estudos para tentar entender os modos de transmissão da doença, mas se cair em mãos erradas – ou mesmo se vazar –, o vírus pode ser fatal.
Já bombas atômicas são um pouco mais difíceis de serem criadas, pois o comércio de material radioativo é controlado em todo o planeta. Logicamente, pode existir contrabando de elementos, mas mesmo assim a produção de armamentos atômicos dificilmente passa despercebida.
E a ativação passa pelo mesmo problema. Enquanto proliferar um vírus pode ser muito simples (bastando contaminar uma pessoa e esperar pelo espalhamento), causar mortes com bombas atômicas não é nada discreto. O responsável precisa de um lançador (geralmente são utilizados aviões ou mísseis), o que é facilmente percebido por radares.
Ogiva recuperada após teste (Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
Caso consiga ultrapassar bloqueios, a bomba sofrerá uma enorme explosão, causando a morte de milhares de pessoas (dependendo da localização do impacto). Cruzamentos de informações de vários países pode fazer com que o ponto de saída do armamento seja rapidamente descoberto.
Pandemia X Epidemia
Uma epidemia é caracterizada pela proliferação de uma doença em um curto espaço de tempo. Quando ela fica reservada a determinados locais geográficos, é considerada pela Organização Mundial da Saúde como uma doença endêmica – como é o caso da malária, que atinge alguns países da África.Mas quando essas doenças saem desses limites territoriais para se espalhar por todo o mundo, considera-se que a enfermidade infectocontagiosa transformou-se em uma pandemia. Ao longo da história, podemos citar entre as piores pandemias doenças como a Peste Negra (que matou 20 milhões de pessoas na Europa) e a Gripe Espanhola (mais de 25 milhões de mortes).
Poder de fogo X Poder de infecção
É preciso entender que as duas ameaças apresentam diferentes tipos de força letal contra a humanidade (e contra tudo mais que tiver de vida no planeta). Bombas atômicas causam mortes e outros danos físicos instantaneamente, devido à reação explosiva de alto impacto que as ogivas proporcionam.Hiroshima, após os ataques (Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
Depois do primeiro impacto, ainda existe a radiação responsável por mais um considerável número de mortes e infecção de plantações. Mesmo assim, é possível reduzir os efeitos por meio de isolamentos de áreas e utilização de proteções adequadas para a evacuação.
Quando voltamos a pensar nas armas biológicas e vírus naturalmente modificados, não contamos com o mesmo “alarme” das bombas. Pela mesma discrição que relatamos ao falar sobre a criação, os vírus se espalham de uma maneira quase invisível.
Dependendo do tempo que eles possam ficar dentro do corpo humano sem gerar sintomas, o portador pode ser responsável pelo transporte da doença para diversos locais. Por exemplo: a gripe aviária teve origem na Ásia, mas acabou sendo levada para outros lugares do mundo, pois demorava alguns dias até causar dores e desconfortos.
Combate à gripe suína, no México (Fonte da imagem: Reprodução/Flickr - Sari Huella)
A gripe suína também começou em um local específico e depois foi proliferada. Inicialmente sendo identificado no México, o vírus H1N1 se alastrou graças ao grande número de viagens aéreas realizados por pessoas infectadas, segundo a Organização Mundial da Saúde.
Mas qual pode matar mais gente?
Essa pergunta tem duas respostas, e a primeira delas é referente a situações imediatas. Bombas atômicas podem devastar cidades inteiras de uma só vez, causando mortes, destruição e até mesmo contaminação por radiação. Por isso, elas são muito mais poderosas para quem quer causar impacto visível (como fizeram os Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial).(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
falamos em armas biológicas e pandemias, precisamos lembrar que o poder de proliferação delas é muito maior do que o de qualquer material radioativo de bombas. Doenças podem ser espalhadas por contato físico, ar, carnes e vegetais, além de roupas e outros tecidos que podem ser transportados em viagens, por exemplo.
Por essa razão, é possível afirmar que pandemias podem ser muito mais eficazes na dizimação da raça humana do que armas nucleares. Caso algum dia seja produzido um vírus tão poderoso quanto o ebola e capaz de ficar em repouso dentro do corpo humano por um longo período de tempo sem oferecer sintomas (como acontece com o HIV), dificilmente a medicina conseguirá vencê-lo.
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Como está bem visível, com a tecnologia que existe hoje não é difícil fazer com que toda a humanidade seja varrida do planeta. Além das bombas atômicas e vírus criados em laboratório, também existem as doenças que evoluem naturalmente, ameaçando a raça humana. Leia mais em: http://www.tecmundo.com.br/ciencia/16379-qual-a-forma-mais-eficaz-de-acabar-com-a-humanidade-uma-pandemia-ou-uma-bomba-atomica-.htm#ixzz1g2xut8sK
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