terça-feira, 3 de dezembro de 2013

ASSASSINADO O LÍDER GUARANI KAIOWÁ AMBROSIO VILHALVA




É com profundo pesar que Aty Guasu informa que o líder Guarani e Kaiowa Ambrósio Vilhalva, 52 anos, foi assassinado no domingo, 1/12/2013, por um pistoleiro desconhecido, no tekoha Guyraroka-Caarapó-MS. 
Ambrosio Vilhalva era uma das lideranças da Aty Guasu que sofria constantes ameaças de morte dos fazendeiros do Cone Sul de Mato Grosso do Sul. 
O líder Ambrósio era justo, íntegro, humilde humorista indígena Kaiowá e sorridente, defensor de direitos humanos, boa liderança e é conhecido internacionalmente como filósofo e intelectual nativo. Ele passou a vida inteira lutando pela justiça e pela regularização e devolução de pedaço de terras indígenas Guarani e Kaiowá. Ambrósio viajou pelo Mundo inteiro socializando as situações míseras do povo Guarani e Kaiowá. 
Fez o papel de Nádio no filme Terra Vermelha. 
A liderança Ambrósio da Terra Indígena Guyraroka estava em conflito pela disputa da posse da terra com o deputado estadual Zé Teixeira e com a empresa da Usina de Álcool Raízes, que produz e compra a matéria prima cana de açúcar da Terra Indígena Guyraroka. 
Ambrósio reivindicava a terra indígena ocupada pelo deputado estadual Zé Teixeira, um deputado anti-indígena que a muito tempo arrendou a terra indígena para a Usina de Álcool e se apossou dela. 
Sobre a Terra Indígena Guyraroka há plantação de cana de açúcar. Ambrósio Vilhalva por mais de 30 anos lutou pela recuperação da Terra Indígena Guyraroka. 
A terra com a extensão de 11.440 hectares, já foi reconhecida pelo Governo Federal e declarada como indígena, pelo Ministro da Justiça, no dia 07/10/2009, através da Portaria nº 3.219/MJ, mas a comunidade está encurralada na pequena área com a extensão de apenas 30 hectares onde estão residindo mais de 30 famílias, totalizando 150 indígenas. 
O líder Ambrósio no ultimo ano passou a denunciar reiteradamente a plantação de cana de açúcar sobre a Terra Indígena Guyraroka, exigindo a devolução da terra indígena, por isso estava recebendo ameaças de morte, além disso, Ambrósio Vilhalva sempre denunciou a ameaça dos pistoleiros do fazendeiro e deputado estadual Zé Teixeira. 
No último mês, líder Ambrósio estava preocupado com a segurança dele e da comunidade de Guyraroka. 
Na assembleia geral ele disse: "Os pistoleiros do deputado Zé Teixeira e da Usina de Álcool estão me ameaçando e me perseguindo lá na tekoha Guyraroka, eles estão querendo me matar, e quero avisar a todos". 
É bastante evidente que o líder Ambrósio Vilhalva já vinha sofrendo ameaças de morte, por essa razão pedimos às autoridades federais para realizarem uma investigação séria do assassinato do líder Ambrósio Vilhalva. 



Tekoha Guyraroka, 2 de novembro de 2013


NOTA: 
Está na hora de reativarmos o movimento feito pela internet em favor destes indígenas e exigir providências do Governo Federal. Cadê o PT que quando estava na oposição se dizia contra as elites e a favor das minorias?
Será que agora que eles tornaram-se a elite estão mostrando a verdadeira cara e não estão mais interessados na defesa das minorias ou será que minorias para eles agora são somente os gays?


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