Investigações do Ministério Público Estadual e da Receita Federal apuram a destinação dos valores desviados pela venda subfaturada de Nióbio.
Possível transferência de recursos obtidos na operação pela Companhia Mineradora do Pirocloro de Araxá, sociedade
celebrada sem autorização legislativa ou licitação entre CODEMIG e
CBMM, empresa do Grupo Moreira Sales para a Rede Globo de Televisão.
Um canal de televisão que desde seu
surgimento esteve no centro das grandes jogadas políticas estaduais e
nacionais, através de acordos pouco ortodoxos, volta à cena sob suspeita
de carrear recursos provenientes da venda subfaturada de Nióbio, para financiar a expansão da Rede Globo em Minas Gerais, a serviço de um projeto político.
A principal suspeita de irregularidade encontrada é o fato do dirigente da Rede Integração,
Antônio Leonardo Lemos Oliveira, sem se afastar da emissora, assumir a vice presidência da CODEMIG,
empresa pertencente ao governo de Minas encarregada de administrar o
patrimônio minerário do Estado, por consequência a extração, beneficiamento e venda do Nióbio.
A venda e exploração do Nióbio de Araxá já é
objeto de investigação pelo Ministério Público mineiro. Porém, um
relatório da Receita Federal visando apurar a evasão de divisas
existente na venda subfaturada do mineral joga luz sobre a
possível transferência de recursos obtidos na operação pela Companhia
Mineradora do Pirocloro de Araxá, sociedade celebrada sem autorização
legislativa ou licitação entre CODEMIG e CBMM, empresa do Grupo Moreira
Sales para a Rede Globo de Televisão.
Em 1962, através da outorga assinada pelo
primeiro-ministro Tancredo Neves, foi entregue a TV Triangulo ao
empresário Edson Garcia Nunes. Tudo por articulação política de Adib Chueire,
e em 1964, um mês após o golpe militar, foi ao ar a emissora. O
primeiro contato de retransmissão foi com a TV Excelsior e a seguir com a
Record. No início da década de 70, a difícil situação da TV Record e o
fim da TV Excelsior comprometeram o funcionamento da TV Triângulo.
As
ações de Edson Garcia Nunes, suas opções a respeito da televisão e o
próprio nome da emissora já o colocavam como um defensor da criação do
Estado do Triângulo. Segundo o seu depoimento, essa opção tomara novo
fôlego em 1967, quando ele passa a participar mais ativamente do
movimento de emancipação do Estado do Triângulo.
A
TV Triângulo passa a divulgar o movimento, a bandeira do estado é
afixada nos caminhões da emissora, faixas e inscrições defendendo a
causa.
A principal peça da campanha emancipacionista era: “Essa
gente sabe muito bem cuidar do seu nariz. Estado do Triângulo. Vamos
respirar livremente. O crescimento desse movimento começava a incomodar o
Governo Militar ,e em 1968, segundo informações do próprio Edson Garcia
Nunes, ele é convocado para uma “conversa” com o Chefe de Gabinete do
então presidente Costa e Silva.
Nessa
conversa ficou claro que, se Edson Garcia Nunes não se afastasse do
movimento separatista, perderia a concessão do canal. Movimento que
deixou de ser significativo quando o uberlandense Rondon Pacheco assume o
governo do Estado de Minas Gerais. Segundo Golberi, a TV Triangulo
simulava a vontade de divisão do Estado de Minas Gerais para justificar a
escolha de Rondon Pacheco pelo regime militar.
Segundo o livro depoimento de Edson
Garcia Nunes, em 1965, a TV Triangulo passava por uma séria crise
financeira e o político paulista Ademar de Barros o convida para uma
visita ao seu gabinete em São Paulo, e lá faz uma proposta para a compra
da emissora. Aceitando, chegou a receber uma ordem de crédito
equivalente à metade do valor da venda como uma primeira parcela do
pagamento. Antes da segunda parcela, que seria paga após seis meses,
Adhemar de Barros tem os seus direitos políticos cassados e desiste da
compra.
Os problemas financeiros se
repetiram em 1968 quando Rondon Pacheco ocupava a Chefia da Casa Civil
do presidente militar Costa e Silva. Os novos proprietários da
TV Excelsior, já então uma pequena Rede, com quatro emissoras (São
Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre), envolvem-se em
uma delicada negociação de venda da rede que envolveu o próprio Garcia
Nunes, atuando como “testa de ferro” de Antônio Delfim Netto, que tinha aspirações políticas de ser Governador do Estado de São Paulo.
A negociata incluía, entre
outras coisas, que um processo envolvendo a falsificação dos selos de
uma empresa de cigarros, de propriedade dos mesmos empresários que
comandavam a Excelsior, fosse “desaparecido”. Em troca, os empresários
passariam dois terços das ações das emissoras para os novos
proprietários sem nada receber. Os novos donos teriam como
compromisso apenas o pagamento das dívidas de Impostos Federais,
encargos sociais e salários dos funcionários.
Enquanto as conversações corriam e
auditorias eram realizadas, ficou comprovado que o valor das dívidas era
maior do que o esperado, e foi feito um novo acordo que, segundo Edson
Garcia Nunes, incluiu o “esquecimento” dos impostos federais. Nesse meio
tempo também, os proprietários das quatro emissoras receberam uma boa
oferta pela TV Gaúcha e realizaram o negócio acreditando que o interesse
do grupo comprador ao qual estava ligado Edson Garcia Nunes resumia-se à
emissora de São Paulo.
Ele, no entanto, se sentiu traído, pois
tinha um interesse particular na emissora gaúcha e o negócio se desfez.
Ainda interessado em expandir seus negócios, entrou em contato com
Otávio Frias, de quem comprou a TV Vila Rica, de Belo Horizonte,
assumindo as dívidas da empresa. A emissora foi logo vendida para
Januário Carneiro, que posteriormente a transferiu para à Rede
Bandeirantes de Televisão.
Em 31 de agosto de 1971 a TV Triângulo é
vendida para os empresários Tubal de Siqueira e Silva, Rubens de Freitas
e seu irmão Renato de Freitas e Rubens Leite, iniciando a retransmissão
da programação da Rede Globo. A emissora foi a terceira
afiliada da Rede. Como o próprio Edson Garcia Nunes afirma em seu livro
de memórias, desde sua fundação a TV Triângulo esteve umbilicalmente
ligada a “Jogadas Políticas e econômicas” pouco ortodoxas.
Como se a seguir seu destino, os
investimentos para expansão da Rede Globo no interior de Minas Gerais,
através da TV Triangulo, atual Rede Integração, assustam.
Após 2002, como que em um passe de mágica, a
Rede Integração é propagada como de propriedade exclusiva do empresário
Tubal de Siqueira Silva. Segundo o relatório da Receita
Federal, os investimentos posteriores já ultrapassaram R$ 1 Bilhão, sem
que qualquer faturamento significativo de publicidade tenha ocorrido no
período.
Todo capital foi obtido através de empréstimos tomados de Bancos ligados ao Grupo Moreira Sales.
Em 2007, a Rede Integração adquiriu parte da TV Panorama, afiliada da
Globo de Juiz de Fora/MG, expandindo a empresa também para a Zona da
Mata, controlando assim 4 das 8 retransmissoras da TV Globo em Minas Gerais e se tornando a maior empresa de comunicação do interior mineiro.
Cinco anos mais tarde, a Rede Integração assumiu a totalidade da TV
Panorama que com isso, passou a se chamar TV Integração Juiz de Fora.
Segundo o superintendente da emissora,
Rogério Nery, a compra da participação é um marco importante. “Vamos
levar efetivamente a marca da TV Integração para a Zona da Mata, com
respeito aos costumes e à cultura da região, que é muito importante para
o Estado e para o país”. Dessa maneira, a TV Integração, que atua no
Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Noroeste, Pontal e Centro-Oeste,
agora passa a abranger a Zona da Mata. Ao todo, são 233 municípios que
recebem a sinal da emissora e mais de 5,5 milhões de telespectadores.
Ao
todo, hoje são 259 cidades e 5.376,579 milhões de habitantes atingidas
pelo sinal da Rede Integração que além de TV, opera 3 emissoras de rádio
(95,1 FM, Globo Cultura Am 1020 e Regional FM), um portal de Internet
(Megaminas.com), uma operadora de TV a Cabo (Net Patos de Minas), uma
empresa com soluções para web (Webroom) - com filiais em Uberlândia,
Brasília e Goiânia - e uma produtora de vídeo (Imaginare Filmes).
Emissoras de TV
TV Integração Araxá (Araxá) - Canal 12
TV Integração Ituiutaba (Ituiutaba) - Canal 7 e 30 UHF Digital
TV Integração Uberlândia (Uberlândia) - Canal 8 VHF e 30 UHF Digital
TV Integração Juiz de Fora (Juiz de Fora) - Canal 5
Principais Cidades
Uberlândia - 611.903 habitantes IBGE/2011
Juiz de Fora - 520.810 habitantes IBGE/2011
Uberaba - 299.360 habitantes IBGE/2011
Divinópolis - 215.246 habitantes IBGE/2011
Patos de Minas - 139.848 habitantes IBGE/2011
Barbacena - 127.217 habitantes IBGE/2011
Araguari - 110.402 habitantes IBGE/2011
Ubá - 102.782 habitantes IBGE/2011
Muriaé - 101.430 habitantes IBGE/2011
Ituiutaba - 97.791 habitantes IBGE/2011
Araxá - 94.798 habitantes IBGE/2011
Itaúna - 86.123 habitantes IBGE/2011
Paracatu - 85.447 habitantes IBGE/2011
Pará de Minas - 85.075 habitantes IBGE/2011
São João del-Rei - 84.404 habitantes IBGE/2011
Patrocínio - 82.471 habitantes IBGE/2011
Viçosa - 72.244 habitantes IBGE/2011
Rádios
Cultura FM 95,1 - Uberlândia
Radio Bandeirantes de Araguari Ltda. - Araguari
Radio Cultura de Uberlândia Ltda. - Uberlândia
Radio Televisão de Uberlândia Ltda. Ituiutaba
Radio Televisão de Uberlândia Ltda. – Uberlândia
Retransmissoras de TV
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Monte Alegre de Minas. Canal 6
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Patos de Minas. Canal 10
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Conquista. Canal 14
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Ituiutaba. Canal 7
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Patrocínio. Canal 6
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Frutal. Canal 11
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Araporã. Canal 24
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Sacramento. Canal 2
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Carmo do Paranaíba. Canal 7
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Coromandel. Canal 11
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Santa Vitória. Canal 36
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Tupaciguara. Canal 5
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Monte Carmelo. Canal 9
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Guimarânia. Canal 13
Radio Televisão de Uberlândia Ltda.
Araxá. Canal 12
Consultado, o dirigente da Rede Integração e da CODEMIG, Antônio Leonardo Lemos Oliveira, não quis comentar o assunto. Igualmente, a Rede Integração, Rede Globo e CODEMIG também não se pronunciaram.
Documentos que fundamentam esta matéria
Área de Cobertura TV Integração Araxá
Área de Cobertura TV Integração Juiz de Fora
Área total de Cobertura da Rede Integração
Área total de Cobertura da Rede Globo MInas
Matéria Relacionada
“Jogo Final” fundamentou investigações sobre o nióbio de Araxá.
Enviado por Fernando Silveira
Via: http://www.novojornal.com/ e http://niobiomineriobrasileiro.blogspot.com.br/
Leia mais: http://www.libertar.in/2013/07/voce-sabia-niobio-contrabandeado.htm...
13/03/2013
* * * * * * * *
Nióbio faz dos Moreira Salles a família mais rica do Brasil
Após adquirir gradualmente a fatia da Molycorp, a família produz hoje 85 por cento do nióbio no mundo
Nióbio: hoje, o metal é usado em um décimo de toda a produção de aço mundial, em automóveis, oleodutos e turbinas de avião
por Cristiane Lucchesi e Alex Cuadros, da
![](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_vkw-RRkGggn36I4Mnsii_yXeNedtpI5HjvXEyN6t-ZU_Yq3bqJQpxehWMD9T11jg96x87GteFBNYG4Zj0ORSui88o1ed5JfFLb_DnsHO4DwtSKQGCO51_So8V9zbhFoS-RRbx9O0nb44KP-UmqJS9NZouRPvrF=s0-d)
São Paulo - Em 1965, o Almirante Arthur W.
Radford, da Marinha americana, convenceu Walther Moreira Salles,
banqueiro brasileiro que já havia sido embaixador nos EUA, a colocar
dinheiro em um empreendimento para produção de nióbio.
Na época, não havia mercado nem uso comercial para o metal em pó -– somente estudos sugerindo que pequenas quantidades dele poderiam tornar o aço mais resistente e flexível.
Radford era membro do conselho da
mineradora Molycorp Inc., que havia adquirido direitos sobre depósitos
de nióbio em Minas Gerais e precisava de outro investidor para explorar a
mina.
Moreira Salles decidiu comprar uma
participação majoritária na operação e a aposta deu certo. Hoje, o metal
é usado em um décimo de toda a produção de aço mundial, em automóveis,
oleodutos e turbinas de avião. Após adquirir gradualmente a fatia da
Molycorp, a família produz hoje 85 por cento do nióbio no mundo.
O domínio desse mercado ajudou a fazer dos
herdeiros de Walther Moreira Salles a família mais rica do Brasil. Os
seus quatro filhos -- Fernando, Pedro, João e Walter – têm uma fortuna
combinada de US$ 27 bilhões, de acordo com o Índice Bloomberg de
Bilionários. Os irmãos não aparecem hoje em nenhum outro ranking
internacional de fortunas.
“Nós criamos o mercado todo”, disse em
entrevista em seu escritório em São Paulo Tadeu Carneiro, presidente da
Cia. Brasileira de Metalurgia & Mineração, a empresa de nióbio da
família.
Sobre a mesa dele há um pedaço da liga
lustrosa e pesada do metal produzida e vendida pela CBMM. “Hoje você vê
como essa empresa é fantástica –- seu valor, os dividendos –-, mas nós
começamos do zero, quando o nióbio era só um sonho de laboratório.”
A CBMM gera lucro anual superior a US$ 600
milhões, conforme os resultados financeiros divulgados publicamente. A
companhia está avaliada em pelo menos US$ 13 bilhões, cálculo com base
na venda de uma fatia de 30 por cento pela família a um grupo de
siderúrgicas asiáticas por US$ 3,9 bilhões em 2011.
Estima-se que os irmãos dividem igualmente os 70 por cento restantes, segundo o ranking da Bloomberg.
A fortuna da família na operação de
nióbio vale mais do que a participação deles de US$ 7,1 bilhões no Itaú
Unibanco Holding SA, o maior banco da América Latina por valor de
mercado, ao qual o nome da família é frequentemente associado.
Por meio da holding Cia. E. Johnston, cujo
controle é dividido igualmente entre os quatro irmãos, eles possuem 33,5
por cento do veículo Itaú Unibanco Participações SA, que por sua vez
controla 51 por cento das ações com direito a voto do Itaú, de acordo
com documentos submetidos às comissões de valores mobiliários dos EUA e
do Brasil.
Carteira de ativos
Os dividendos da CBMM são sem dúvida um bom
negócio, frequentemente superando 50 por cento do lucro líquido anual,
de acordo com resultados publicados pela empresa no Diário Oficial de
Minas Gerais.
Com base numa análise desses pagamentos, do
dinheiro distribuído pelo Itaú Unibanco, de impostos e do desempenho do
mercado, a família Moreira Salles provavelmente é dona de uma carteira
de ativos com potencial de investimento de quase US$ 11 bilhões, segundo
o ranking.
Os irmãos Moreira Salles não quiseram fazer
comentários sobre sua fortuna, de acordo com um porta-voz que pediu
para não ter o nome publicado.
Juntos, eles são mais ricos do que
os herdeiros do Grupo Votorantim, liderado por Antônio Ermírio de
Moraes, que têm um patrimônio combinado de US$ 26 bilhões. A pessoa mais
rica do Brasil continua sendo o investidor da Anheuser-Busch InBev NV,
Jorge Paulo Lemann, com uma fortuna de US$ 20,6 bilhões.
A CBMM foi pioneira na tecnologia que faz com que o nióbio fortaleça o aço em escala industrial, disse Carneiro.
O presidente da empresa foi no passado um
dos muitos estudantes que receberam bolsas de doutorado da companhia
para explorar os usos do elemento, que foi descoberto no século 19. Após
a formatura, os bolsistas iam trabalhar na CBMM, aplicando o que
aprenderam.
Processo secreto
Atualmente, as técnicas da CBMM são
guardadas a sete chaves, a ponto de as siderúrgicas asiáticas que
compraram participação na empresa –- grupo que inclui a chinesa Baosteel
Group Corp. e a japonesa Nippon Steel & Sumitomo Metal Corp. –-
nunca terem recebido permissão para fazer avaliações técnicas.
“A CBMM não é uma mineradora, é uma empresa de tecnologia”, disse Carneiro. O metal não é raro, segundo ele. “Raro é o mercado.”
O processo é tão complexo e intensivo em
capital que existem apenas quatro minas de nióbio em operação no mundo
todo, apesar dos 300 depósitos conhecidos.
São necessários diversos estágios de refino
para transformar uma terra granulada marrom com teor de nióbio de
apenas 3 por cento numa liga de ferro com pureza de 66 por cento, que é o
produto comprado pelas siderúrgicas globais.
A CBMM processa 750 toneladas por hora nas instalações em Araxá, a cerca de 360 km de Belo Horizonte.
Em média, são necessários somente
200 gramas de liga de nióbio para fortalecer uma tonelada de aço,
permitindo que as siderúrgicas produzam automóveis mais leves e
eficientes e pontes e edifícios mais robustos. O produto é responsável
por 90 por cento da receita da CBMM.
"Partícula de Deus"
A companhia realiza um processo separado
para produzir um pó branco concentrado de nióbio que é usado em lentes
de câmeras e turbinas de avião.
O pó também está presente nos imãs
supercondutores do maior acelerador de partículas do mundo -- o Grande
Colisor de Hádrons, ou LHC, instalado nos arredores de Genebra – que
físicos usaram para tentar observar a partícula teórica elementar
conhecida como Bóson de Higgs, também chamada “Partícula de Deus”.
“Dá um trabalho louco vender nióbio”, disse
Carneiro. Segundo ele, a CBMM passou mais de duas décadas tentando
convencer a China, líder mundial na produção de aço, a comprar o metal. A
aceitação veio finalmente em 2000. A China hoje compra um quarto da
produção da CBMM.
Sem ações na bolsa
É a visão e o planejamento de longo prazo
que explicam porque a empresa não tem planos de lançar ações na bolsa,
uma operação que a colocaria sob a pressão dos investidores por
resultados no curto prazo, disse Carneiro.
Outro motivo para não vender ações é
que a CBMM não precisa de dinheiro, disse ele. Sua margem de lucro de
37 por cento faz dela uma das 10 mais lucrativas mineradoras com valor
de mercado de pelo menos US$ 1 bilhão, de acordo com dados compilados
pela Bloomberg. A receita ficou em R$ 3,8 bilhões em 2012, afirmou
Carneiro.
O mais velho dos irmãos Moreira Salles,
Fernando, de 66 anos, é o presidente do conselho da empresa e está
envolvido de perto na sua gestão, segundo Carneiro. Pedro, 53 anos, que
sofre de distrofia muscular, preside o conselho do Itaú Unibanco e
integra o conselho da CBMM.
As raízes da família no setor bancário
remontam a 1924, quando João Moreira Salles, que tocava uma casa de
secos e molhados em Minas Gerais, decidiu abrir a Casa Bancária Moreira
Salles e passou a financiar a expansão de cafezais nas décadas de 1930 e
1940.
Chanel No. 5
Após a morte de João, seu filho Walther foi
ampliando gradualmente a instituição financeira até transformá-la no
gigante conhecido como Unibanco. O banco já era um dos maiores do Brasil
em 2008, quando foi comprado pelo Itaú, controlado pelas famílias
Villela e Setúbal.
Os dois outros filhos de Walther Moreira
Salles fizeram carreira no mundo das artes, dando continuidade a outra
tradição familiar. Walter Salles, 56 anos, dirigiu os filmes “Na
Estrada”, com base no livro de Jack Kerouac, e “Diários de Motocicleta”,
sobre a juventude de Che Guevara. João, 50, dirige documentários e é
fundador e publisher da revista Piauí.
O pai deles era parte do jet set
internacional de seu tempo. A primeira esposa, Helene Tourtois, mãe de
Fernando, era filha do inventor do perfume Chanel No. 5. O mordomo
argentino Santiago Badariotti, que participou da criação dos irmãos,
tinha gosto por poesia, latim e piano, e acabou se tornando personagem
de um dos documentários de João.
Rockefeller, Jagger
Em sua mansão no Rio de Janeiro, Walther
recebia convidados como Henry Ford II, Nelson Rockefeller, Aristotle
Onassis e Mick Jagger. Ao longo dos anos, Walther doou quadros de
Picasso, Bellini e Raphael ao Museu de Arte de São Paulo. Mais tarde ele
transformou sua casa na sede do Instituto Moreira Salles, fundado em
1992 para patrocinar a cultura no Brasil. João é hoje o chairman do
instituto.
Durante todo o tempo, a atividade bancária
foi o centro da vida de Walther Moreira Salles. Em entrevista publicada
pelo jornal O Estado de S. Paulo no ano passado, seu filho Pedro disse:
“O banco era o seu quinto filho, um negócio que ele criou do zero.”
Extraído de: http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/niobio-faz-dos-moreira-...
* * * * * * * *
O NIÓBIO
Por Luiz Ricardo dos Santos
O elemento químico Nióbio é um metal de transição localizado na família 5-B da tabela periódica, é branco prateado, ou ainda cinza azulado por motivo de reações químicas com gases presentes no ar. Duro e resistente ao calor e a oxidação é utilizado em diversas ligas metálicas. Seu símbolo é Nb, possui número atômico 41, e configuração eletrônica 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d104p6 5s2 4d3, massa atômica 92,9g mol-1, ponto de fusão 2477°C, ponto de ebulição 4744°C.
Descoberto em 1801 por Hatchet, após a análise de um minério chamado tantalita, niobita ou columbita (Fe,Mn)(Nb,Ta)2O6
em razão do nome coolombita chamou o metal de colômbio com o símbolo
(Cb). Porém descoberto por Henrich Rose, de forma independente em1846,
que o nomeou de nióbio em homenagem a deusa grega Níobe fillha do deus
Tântalo, que segundo o mito foi transformada em uma rocha por Zeus. Só
foi isolado e caracterizado em 1864 por Blomstrand por redução do
cloreto pelo calor em atmosfera de hidrogênio.
Quimicamente o nióbio é reativo formando complexos, haletos, óxidos e hidretos, porém é necessário
que este seja levado ao aquecimento em função de sua resistência aos
agentes oxidantes e redutores. É necessário, entretanto, ressaltar que
alguns dos compostos de nióbio são altamente tóxicos, e sua manipulação
exige cuidado. Seus estados de oxidação
mais comuns são 2,3 e 5. Quando submetido a temperatura de 200°C o
metal oxida-se rapidamente, porém em contato com o ar forma finas
camadas de óxidos, nas cores verde, azul e amarelo dependendo da
espessura da camada formada. As propriedades químicas do nióbio
assemelham-se demasiadamente as do Tântalo, fazendo parte dos 5
elementos refratários principais W, Ta, Mo e Re. Este metal é obtido
industrialmente por redução do óxido de nióbio, com carbono e hidrogênio.
O nióbio é comumente utilizado em ligas metálicas com o ferro, o aço, com o zircônio
e essas ligas são utilizadas na fabricação de estruturas, soldas,
gasodutos, superligas para fabricação de motores a jato e na fabricação
de jóias em virtude da resistência a corrosão, altas temperaturas, e
como supercondutor em meio criogênico.
O nióbio não é encontrado na natureza em
seu estado metálico, mas na forma dos minerais acima citados, geralmente
os minérios que contém tântalo, contém também o nióbio. Este
metal existe em vários países do mundo, porém foi descoberta uma jazida
de nióbio em Araxá-MG, o que tornou o Brasil a maior reserva de nióbio
do mundo.
Bibliografia:
http://www.cdcc.sc.usp.br/elementos/niobio.html
http://www.chemicool.com/elements/niobium.html
http://www.daviddarling.info/encyclopedia/I/inorganic_chemistry_ent...
Extraído de: http://www.infoescola.com/elementos-quimicos/niobio/
* * * * * * * *
Walther Moreira Salles
(Pouso Alegre, 28 de maio de 1912 —
Petrópolis, 27 de fevereiro de 2001) foi um empresário, banqueiro,
diplomata e advogado brasileiro, formado na Faculdade de Direito do
Largo de São Francisco, da Universidade de São Paulo.
Foi ministro da Fazenda do Brasil, no governo João Goulart.
Em 1924, seu pai, João Moreira Salles, fundou em Poços de Caldas a Casa Bancária Moreira Salles.
Em 1933, Walther tornou-se sócio da casa que, em 15 de Julho de 1940,
foi elevada à condição de Banco Moreira Salles, após fusão com mais três
bancos da região. Em 1967, o nome da instituição foi mudado para União
de Bancos Brasileiros S.A. e, em 1975, o conglomerado financeiro passou a
ser denominado como Unibanco.
O banqueiro Moreira Salles era muito mais
conhecido como embaixador, posto que exerceu duas vezes em Washington na
década de 1950. Além disso, foi ministro da Fazenda do Brasil
no gabinete parlamentarista do presidente João Goulart. Ele ganhou a
admiração do presidente Juscelino Kubitschek pela fama de conciliador em
suas incursões diplomáticas. Foi um dos negociadores da dívida externa
brasileira na década de 1950, em três ocasiões, nos governos dos
presidentes Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e Jânio Quadros.
Conhecido pela discrição, educação
rebuscada, bom humor e charme, o embaixador tinha muitos amigos famosos,
dentre eles o roqueiro Mick Jagger, o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso e a atriz Greta Garbo.
O embaixador, banqueiro e advogado de
formação morreu aos 88 anos, em 2001, em Araras, distrito de Petrópolis,
no estado do Rio de Janeiro. A causa da morte não foi revelada pela
família.
No início dos anos 1990 foi fundado o Instituto Moreira Salles, uma entidade de assistência à cultura do país.
No Unibanco, o prêmio Walther Moreira
Salles, que o homenageia, é o mais importante prêmio interno da
instituição. É concedido uma vez ao ano àqueles que são os responsáveis
por projetos de excelência e que contribuíram para a evolução e atuação
do banco.
Deixou quatro filhos: Pedro Moreira Salles,
atual presidente do conselho do Itaú Unibanco, o cineasta Walther
Salles (de nome Walther Moreira Salles Júnior), o documentarista João
Moreira Salles e o editor Fernando Roberto Moreira Salles.
Salles casou-se três vezes: aos 28 anos,
com Helène Matarazzo, com quem teve Fernando; separou-se no final dos
anos 1950 e casou-se com Elisa Gonçalves, mãe dos outros três filhos,
permanecendo com ela até o início dos anos 1970. Em 1986, conheceu Lúcia
Moreira Salles, sua última companheira.
Há uma sala no Ibmec São Paulo, atual Insper, com seu nome, em homenagem.
Referências - Ligações externas
Extraído de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Walther_Moreira_Salles
Publicado em: http://portaldosanjos.ning.com/group/jornalcelestial/forum/
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