“O sonho de Israel”: O criminoso roteiro Rumo à criação do “GRANDE ISRAEL“
Uma limpeza étnica planejada no Oriente Médio! A história e a legalidade é ignorada (os erros se repetem e a matança continua…)
Por Felicity Arbuthnot - Global Research
O conceito de uma “Grande Israel”, segundo o fundador do sionismo Theodore Herzl, é um Estado judeu “alongado” desde o Rio Nilo no Egito até o Eufrates no Iraque. O Rabino Fischmann, da Agência Judaica para a Palestina, afirmou perante a Comissão Especial das Nações Unidas em 9 de julho de 1947 que:
“A Terra Prometida se estende desde o rio Nilo no Egito até o rio Eufrates, que inclui partes da Síria e do Líbano”, escreveu Michel Chossudovsky.
Neste mapa uma “diferente” visão do ORIENTE MÉDIO e do GRANDE ISRAEL
Em 04 de setembro de 2001 uma manifestação foi realizada em Jerusalém, para apoiar à ideia da implantação do Grande Estado de Israel, desde o RIO NILO (Egito) até o RIO EUFRATES (Iraque). Foi organizado pelo movimento "Bhead Artzeinu" ("Para a Pátria"), presidido pelo rabino e historiador Avraham Shmulevic, de Hebron. De acordo com Shmulevic: “Nós não teremos paz enquanto todo o território das Terras de Israel não voltar para o controle judaico…. Uma paz estável só virá depois, quando ISRAEL retomar para si todas as suas terras históricas, e assim controlar tudo desde o RIO NILO (no EGITO) até o ESTREITO de ORMUZ (no IRÃ) … Devemos lembrar que os campos de petróleo iraquianos também estão todos localizadas nas terras dos judeus”.
UMA DECLARAÇÃO do ministro Yuval Steinitz, do Likud, que hoje detém o extenso título de ministro da Inteligência, Relações Internacionais e Assuntos Estratégicos de Israel: “Estamos testemunhando o extermínio do antigo Oriente Médio. A ordem das coisas esta sendo completamente abalada. O antigo Oriente Médio está morto, e o novo Oriente Médio ainda não está aqui. Esta instabilidade extrema pode durar mais um ano, ou até mais alguns anos, pois nós não sabemos ainda como a Nova Ordem do Oriente Médio vai se parecer, só saberemos à medida que emergir a partir do caos, do derramamento de sangue e da fumaça atual. É por isso que devemos continuar a agir com premeditação”. No mapa acima podemos ver as pretensões de judeus radicais (tão ou mais radicais quanto os fanáticos islâmicos).
Assim, o Grande Israel deve existir “desde o rio Nilo até o rio Eufrates.” A Tese detalhada de Herzl foi escrita em 1904. No mesmo artigo é citado o Plano Yinon (1982) em matéria de Mahdi Darius Nazemroaya”… uma continuação do projeto colonial da Grã-Bretanha no Oriente Médio”:
“(O plano Yinon) é um plano estratégico de Israel para garantir a superioridade israelense regional, no Oriente Médio. Ele insiste e estipula que Israel deve reconfigurar seu ambiente geopolítico através da balcanização dos estados árabes vizinhos em estados menores e mais fracos.
“Estrategistas israelenses viram o Iraque como seu maior desafio estratégico de um estado árabe. É por isso que o Iraque foi descrito como a peça central para a balcanização do Oriente Médio e do mundo árabe. No Iraque, a partir dos conceitos do Plano Yinon, os estrategistas israelenses pediram a divisão do Iraque em um estado curdo (Curdistão) e em mais dois países árabes, um para os muçulmanos xiitas e outro para os muçulmanos sunitas. O primeiro passo para estabelecer esta ideia foi uma guerra entre o Iraque e o Irã, que o Plano de Yinon discute.“
Na época que Yinon escreveu, a guerra Irã/Iraque impulsionada pelo ocidente (EUA-OTAN) já estava em seu segundo ano – com mais seis anos ainda de tragédia, perdas de vidas e desgosto, incontáveis viúvas, crianças órfãs, homens e civis mutilados, em ambos os lados da fronteira comum entre Irã e o Iraque. O pedágio cobrado em vidas, na saúde e destruição de cidades foi comparado ao da 1ª Guerra Mundial.
Para o Iraque é claro, foi um erro histórico, ele praticamente entrou na guerra como “procurador” (controlado) para o regime norte-americano, então obcecado contra o regime do Islã, por que os EUA tinham decidido, que o tipo de islamismo do Irã era errado (para os interesses dos EUA e Israel, é claro).
O que a fé religiosa de uma nação situada a milhares de quilômetros de distância tinha a ver com Capitol Hill, em Washington, permanece um “mistério”. Um dia depois que a guerra devastadora terminou, os EUA substituíram o Iraque pela URSS, de então, como o país que era a maior ameaça para a “segurança” da América. A guerra devastadora, transformou a nação do Iraque, na época, e reduziu sua população a pouco menos de dezessete milhões de pessoas.
Depois veio a disputa do Iraque com o Kuwait sobre alegação de “roubo de petróleo” e a desestabilização do Dinar (moeda) iraquiana, com o então embaixador dos EUA April Glaspie (em nome de Washington) pessoalmente dando a Saddam Hussein luz verde para invadir o pequeno e desarmado país do Kuwait quando quisesse.
O Iraque caiu na cilada e foi em seguida paralisado por um embargo da ONU, em consequência de sua invasão ao Kuwait, que dizimou o pais, seguido do ataque e invasão dos EUA ao Iraque em 2003 e a sua ocupação total – numa outra espiral orquestrada de controle – e tragédia subsequente. Agora, contudo, já até se fala abertamente de que TUDO VEM SENDO planejado há décadas e o objetivo final buscado é nada menos que o DESMEMBRAMENTO DO IRAQUE.
“Pronto! Missão cumprida”, tanto para os EUA, com seu redesenho geopolítico planejado há muito tempo no Oriente Médio e nos países do Norte da África, como para Israel, que através de sua amizade com a autocracia curda do noroeste do Iraque, preparou-a muito bem para tornar-se um parceiro, em um Curdistão autônomo, independente do Iraque. Um antigo e acalentado sonho se tornando realidade, um território para “o povo eleito” desde o rio Nilo ao rio Eufrates”, a fruição final do objetivo após setenta anos de manipulação e agressão para a dominação e controle de toda a região.
A existência do novo território para o “Grande Israel” requer a dissolução de vários estados árabes existentes em novos e menores estados.
A todos é também interessante a visão do “super falcão”, um sonhador com a destruição de nações, o Tenente Coronel Ralph Peters desde o início da década de 1990. A seguir esta sua versão para o mundo de 2006. Peters é um homem cuja visão da guerra sem fim é aparentemente um erótico sonho eterno. Aqui, de novo, para quem desconhece o Coronel, esta uma repetição do seu tipo de sonho (publicado no US Army War College Quarterly, verão de 1997):
“Não haverá paz. Em qualquer momento dado para o resto de nossas vidas, haverá múltiplos conflitos … ao redor do globo. Os conflitos violentos vão dominar as manchetes, mas as lutas culturais e econômicas serão mais constantes e, finalmente, mais decisivas. (As Forças armadas dos EUA irá manter) o mundo seguro para a nossa (dos EUA) economia e aberto ao nosso “assalto cultural“. Para conseguir o efeito, vamos fazer uma quantidade razoável de matanças. “Entramos em uma era de conflito constante.”
O discurso de Peters faria alguns dos mais megalomaníacos expansionistas da história parecerem pacifistas oferecendo presentes. Seu monumento cartográfico à arrogância: “O Novo Mapa do Projeto do Oriente Médio”, de reestruturação geográfica em lugares distantes dos quais ele dá a mínima importância, foi publicado no Jornal das Forças Armadas dos EUA em junho de 2006, conforme desenho a seguir:
Certamente não foi por mero acaso que, em 1º de maio de 2006, Joe Biden, membro de longa data do Comitê de Relações Exteriores do Senado dos EUA – e agora vice-presidente do país, é claro – e Leslie Gelb, presidente emérito dessa Comissão, produziram em conjunto um relatório publicado no The New York Times pedindo o desmembramento do Iraque, dividindo o país em linhas étnicas: “…dando a cada grupo étnico-religioso – curdo, árabe sunita e xiita árabe…” os seus próprios guetos étnicos e políticos (é a política da separação, do dividir para governar, uma forma de impedir que os seres humanos se unam contra eles).
A ignorância sobre a situação das inter-relações entre os povos da região, da ampla relação através de casamentos, até a guerra de 2003, relação de inter-comunidades em todos os níveis durante milênios, existência de bairros mistos, de celebrações de festas compartilhadas, festas religiosas, alegrias e tristezas, surpreendem a imaginação do bom senso. O artigo ilusionista é intitulado: “A unidade através da autonomia no Iraque.” Pense, non sequitur, nos casamentos mistos, em que o marido viverá em um gueto “sunita” e a sua esposa em outro gueto “xiita”, por exemplo?
“As regiões curdas, sunitas e xiitas cada uma será responsável por suas próprias leis domésticas, administração e segurança internas.”
Um “plano de cinco pontos” de guetização, destruição, ilusão e perversidade, um plano de jogo de controle e divisão dos EUA-Israel para o território do Iraque, com o Reino Unido como sempre, indo junto sonhando com dias do império britânico, quando, junto com com a França, as fronteiras da região do Iraque foram imperialmente determinadas há pouco menos de uma centena de anos atrás.
Além da arrogância desavergonhada e a ilegalidade do plano, a ignorância é total. Claramente não há conhecimento nos grandes anais do Departamento de Estado dos EUA, Departamento de Negócios Estrangeiros ou da CIA sobre minorias étnicas e religiosas do Iraque, também co-existentes há séculos entre: cristãos, Mandaeans, yazidis, turcomenistãos, judeus, zoroastristas, Bahai, Kakai, shabaks – e, em verdade até aqueles que se consideram não religiosos ou até ateus.
Joseph Robinette “Joe” Biden, Jr. é o 47º e atual vice-presidente dos Estados Unidos, eleito junto com o Presidente Barack Obama em 2008.
Em Outubro de 2007 (o fantoche) Joe Biden tentou “criar uma realidade quando a esmagadora maioria do Senado dos EUA votou sua resolução não vinculativa para dividir o Iraque em três partes… como o Washington Post relatou que o voto total a favor de 75-23 no Senado foi um “marco significativo” para a divisão do Iraque em até três novos países, escreveu Tom Engelhardt.
Engelhardt aparentemente foi o único com olho de águia para captar o seguinte significado disso: “A estrutura (tripartite) está escrita na Constituição do Iraque, mas Biden iria iniciar esforços diplomáticos locais e regionais para acelerar a sua evolução e efetivação.”
A Constituição do Iraque, feita sob imposição dos EUA pelo então “vice-rei” do país ocupado Paul Bremer, é claro, legalmente é totalmente inválida, uma vez que é ilegal se reescrever uma Constituição de um país sob ocupação militar.
“Somente os curdos, ansiosos por criar um Estado independente, se congratularam com o plano.”
O que, Engelhardt pondera, aconteceria com a realidade legal, qual seria a reação se o Iraque ou o Irã, por exemplo: “aprovasse uma resolução não vinculativa para dividir os Estados Unidos em novas regiões semi-autônomas?”
Ele conclui que “tais atos, é claro, são considerados não apenas escandalosos e ofensivos, mas também muito loucos.” No Iraque no entanto: “o melhor seria colocar um selo americano de aprovação sobre a limpeza étnica continuada do país.”
O compromisso do governo dos EUA é claro, no entanto, Joe Biden, um confesso sionista, declarou na reunião anual da J Street Conference em setembro de 2013: “Se não houvesse um Estado de Israel, teríamos de inventar um para garantir que nossos interesses (imperialistas) fossem preservados”. Pense sobre petróleo, gás, minérios, objetivos estratégicos, limpeza étnica…
Joe Biden assegurou ao público que: “O apoio dos Estados Unidos para Israel é inabalável, período. Período, período. “(Sic) Ele ressaltou várias vezes o compromisso que o presidente Obama tem com Israel. As próprias conexões profundas e antigas de Biden, conforme ele relatou, remontavam a uma reunião com a então primeira-ministra de Israel, Golda Meir, quando ele era um senador calouro e ultimamente nas suas horas gastas com o atual primeiro-ministro Netanyahu. A última reunião foi em janeiro deste ano, quando ele viajou para Israel para prestar seus respeitos ao falecido Ariel Sharon e, posteriormente, passou duas horas sozinho em discussão com Netanyahu.
É certamente por um mero acaso que, posteriormente, a retórica para a divisão do Iraque foi acelerada. Israel tem conexões “militares, de inteligência e de negócios com os curdos desde 1960″, vendo-os como “um amortecedor compartilhado entre adversários árabes.”
Em junho o primeiro ministro de Israel Netanyahu disse à INSS, da Universidade de Tel Aviv: “Devemos… apoiar a aspiração curda pela independência”, depois do que ele descreveu como "o colapso do Iraque e outras regiões do Oriente Médio…” Os assuntos internos do Iraque não deveriam ser dos interesses dos negócios de Israel, obviamente, não acontece assim (para além de suas aspirações territoriais históricas ultrajantes para a região, apesar de ser um convidado regional recém-chegado). Os uivos da fúria israelense quando questionado sobre os direitos humanos básicos para os palestinos em suas terras erodidas e roubadas foram ouvidos durante os últimos 66 anos, no entanto, metaforicamente ensurdecendo o mundo.
É claro que o Curdistão já reivindicou a área de Kirkuk, com seus vastos depósitos de petróleo do Iraque. O plano para o gasoduto norte do Iraque-Haifa, uma aspiração de Israel desde o tempo da criação do país, pode certamente também não estar fora da mente de Netanyahu. Um Curdistão independente, situação que, de fato, já tem desfrutado quase inteiramente dentro do Iraque desde 1992 – e imediatamente traiu o Estado iraquiano, convidando Israel e a CIA – anunciaria o início do desmembramento planejado do Iraque.
É sombriamente irônico, que se relacionada com o desmembramento de suas terras ou a guetização daqueles iraquianos e palestinos, isso reflete o plano de Adolf Eichmann, o arquiteto da limpeza étnica nazista, que, após a eclosão da II Guerra ordenou “para que os judeus sejam concentrados em guetos nas grandes cidades … “, ele também desenvolveu planos para “reservas” de judeus.
Além disso, ele era um arquiteto da expulsão forçada de povos inteiros, uma das acusações feitas contra ele depois que ele foi capturado pelo Mossad e o Shin Bet de Israel enquanto morava escondido na Argentina, em 1960. Ele foi julgado em Israel, considerado culpado de crimes de guerra e enforcado em 1962. Ironicamente seu emprego pré-nazista foi como vendedor de petróleo.
Pode Israel e a “comunidade internacional” realmente estar planejando se espelhar em Adolf Eichmann para repatriar e fazer limpeza étnica de povos? Será que algumas nações nunca olham para o espelho da história?
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