ONTEM: Este produto, que contém grandes quantidades de dioxina, uma substância
cancerígena, causou doenças e incapacidades tanto em soldados quanto em
civis. Hoje, dois milhões de vietnamitas e dezenas de milhares de
norte-americanos veteranos da guerra do Vietnã sofrem seus efeitos no
organismo. Filhos e netos das vítimas diretas do bombardeio químico estão afetados
por mutações genéticas. Além dos danos causados aos seres humanos, o
agente laranja devastou o meio ambiente vietnamita. Os mangues
desapareceram totalmente. O solo e as colheitas sofreram envenenamento a
longo prazo.
HOJE: Os transgênicos devem promover liberação de polêmico herbicida no Brasil feito a base de dioxina, só para facilitar a vida e possibilitar maiores lucros aos grandes produtores agrícolas e as industrias químicas, as corporações illuminatis que querem acabar com 80% da população mundial, com a conivência de um governo omisso, frouxo e vendido.
•
Os herbicidas à base de glifosato, anunciados em anos anteriores como solução definitiva contra pragas na agricultura, já não exercem a mesma eficácia sobre plantas daninhas. Como resultado, as espécies invasoras ocupam lavouras e resistem à pulverização, prejudicando ou até inviabilizando safras inteiras. Uma solução apresentada propõe o plantio de variedades transgênicas de soja e milho resistentes a um defensivo mais agressivo, o 2,4-D (ácido diclorofenoxiacético).
HOJE: Os transgênicos devem promover liberação de polêmico herbicida no Brasil feito a base de dioxina, só para facilitar a vida e possibilitar maiores lucros aos grandes produtores agrícolas e as industrias químicas, as corporações illuminatis que querem acabar com 80% da população mundial, com a conivência de um governo omisso, frouxo e vendido.
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Os herbicidas à base de glifosato, anunciados em anos anteriores como solução definitiva contra pragas na agricultura, já não exercem a mesma eficácia sobre plantas daninhas. Como resultado, as espécies invasoras ocupam lavouras e resistem à pulverização, prejudicando ou até inviabilizando safras inteiras. Uma solução apresentada propõe o plantio de variedades transgênicas de soja e milho resistentes a um defensivo mais agressivo, o 2,4-D (ácido diclorofenoxiacético).
Atualmente em análise na Comissão Nacional de Biotecnologia (CTNBio), órgão vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia, a solicitação caminha para a liberação. Mas a medida gera controvérsias: enquanto uma força-tarefa capitaneada pelo setor agroquímico defende a aprovação, alguns pesquisadores a condenam por fomentar o uso de um produto que imporia riscos à saúde humana.
Integram a pauta da CTNBio pedidos de liberação
comercial de duas variedades de soja e de uma variedade de milho
tolerantes ao 2,4-D - todos impetrados pela Dow AgroSciences em 2012.
Dois deles já foram examinados e aprovados por subcomissões que avaliam
seus impactos sobre a saúde humana e animal.
Até 14 de agosto, a tramitação de ao menos um deles deve
estar concluída nos grupos que analisam aspectos associados ao meio
ambiente e produção vegetal. Se aprovados, seguem para deliberação na
reunião plenária da CTNBio já no dia seguinte.
“As discussões devem ser acaloradas em função das
peculiaridades do 2,4-D e das implicações relacionadas a seu uso em
larga escala, no caso da liberação comercial daquelas plantas
geneticamente modificadas”, considera o engenheiro agrônomo Leonardo
Melgarejo, doutor em Engenharia de Produção e representante do
Ministério do Desenvolvimento Agrário na CTNBio.
Melgarejo acredita que a decisão final não irá ocorrer
na reunião de agosto, considerando os pedidos de protelamento que
partiram do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e do Conselho
Federal de Nutricionistas. No entanto, quando a votação ocorrer, a
tendência é que as novas variedades transgênicas sejam liberadas.
Há indicativo de que o assunto seja integrado também à
pauta da Comissão de Meio Ambiente do Senado Federal, o que ainda não
ocorreu, segundo a assessoria do senador Blairo Maggi (PR/MT), que
preside a comissão. O parlamentar, conhecido produtor de soja na região
Centro-Oeste, não quis comentar a possível aprovação das novas
variedades transgênicas.
Crítica
O engenheiro agrônomo Luciano Pessoa de Almeida, professor de Fundamentos de Agroecologia da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), critica a proposta de tolerância ao 2,4-D. Para ele, o setor agroquímico adota a estratégia para tentar corrigir falhas da sua política de transgenia, já que a aplicação de glifosato originou pragas mais resistentes, como a buva, que não consegue mais conter. “É a solução proposta para um problema que foi criado pelas próprias multinacionais”, diz.
É a solução proposta para um problema que foi criado pelas próprias multinacionais. Tem potencial para causar mutações
Luciano Pessoa de Almeida engenheiro agrônomo
Melgarejo, por sua vez, acredita que a solução é
enganosa, pois o plantio de soja e milho tolerantes ao 2,4-D ou a outros
herbicidas levará ao surgimento de plantas daninhas resistentes também
aos novos defensivos. “Com o tempo, teremos ervas cujo controle se
tornará mais e mais complexo, para as quais os herbicidas que conhecemos
não funcionarão”, pondera.
Como principal interessado, o agricultor apoia as novas
variedades, diz Melgarejo. Isso porque os transgênicos estabeleceram um
patamar de facilidade na gestão das lavouras do qual os produtores não
abrem mão, independentemente dos problemas causados.
Contra as ervas mais resistentes, eles pressionam por
alternativas e o mercado agroquímico interpreta como demanda por novas
plantas transgênicas. “Os valores envolvidos nesse negócio são
descomunais, e isso, naturalmente, implica em enormes pressões
econômicas”, considera.
Preocupação
A preocupação quanto à liberação de variedades resistentes ao 2,4-D aumenta na medida em que a agressividade do herbicida não se restringe às pragas que combate. Enquanto o glifosato e o glufosinato de amônio, que dominam o mercado brasileiro de defensivos, ocupam a faixa verde na Classificação Toxicológica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o 2,4-D está no ápice do risco: faixa vermelha - extremamente tóxico.
No fundo, estaremos aplicando veneno sobre alimentos, e esses alimentos carregarão parcelas de veneno rumo a seus consumidores
Leonardo Melgarejo engenheiro agrônomo
Melgarejo explica que o produto é tóxico no contato com a
pele, na inalação e na ingestão, o que garante maior ameaça aos
agricultores, sujeitos a diversos tipos de contaminação. E os riscos se
estendem a públicos variados.
“No fundo, estaremos aplicando veneno sobre alimentos, e
esses alimentos carregarão parcelas de veneno rumo a seus
consumidores”, afirma, acrescentando que o 2,4-D será absorvido pelas
plantas transgênicas e, enquanto não for completamente degradado, estará
presente nos tecidos vegetais, inclusive nos grãos.
Agente Laranja
Para Luciano Almeida, a maior ameaça do 2,4-D está gravada na história: trata-se da presença do herbicida como um dos elementos que compuseram o Agente Laranja, um desfolhante usado pelo exército dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã. “Tem potencial para causar mutações”, alerta.
Força-tarefa (Lobby das indústrias químicas, as corporações illuminatis)
A ligação com o Agente Laranja é um dos argumentos em torno do 2,4-D que o setor agroquímico tenta desmistificar. Quatro grandes empresas - Atanor, Dow AgroSciences, Milenia, Nufarm - criaram uma força-tarefa e divulgam informações sobre o uso do herbicida no site www.24d.com.br.
A Força-Tarefa explica que o 2,4-D é recomendado para a
cultura da soja pelas Comissões Oficiais de Pesquisa de Soja das Regiões
Sul, Central e de áreas de Cerrados. Além da soja, já se aplica o
produto em culturas de milho, trigo, arroz, café e cana-de-açúcar.
O uso adequado das tecnologias agrícolas é essencial para garantir a segurança ambiental e eficácia no uso de defensivos
Ana Cristina Pinheiro coordenadora da força-tarefa (lobbysta dos illuminatis)
Ana Cristina Pinheiro, coordenadora da força-tarefa e
especialista em Product Stewardship de defensivos da Dow AgroSciences,
diz que o problema com o Agente Laranja no Vietnã esteve relacionado a
uma “impureza” presente no processo de produção do 2,4,5-T - o outro
elemento que o compõe - chamada dioxina TCDD. “Esse composto não é mais
comercializado e nunca foi registrado e utilizado no Brasil”, alega.
Conforme Ana Cristina, órgãos como a Organização Mundial
de Saúde (OMS), a Diretoria Geral de Proteção ao Consumidor e à Saúde
da Comissão Europeia e a Agência Americana de Proteção Ambiental (EPA)
concluíram que o 2,4-D não oferece riscos à saúde humana quando
utilizado de acordo com as indicações do rótulo e bula.
“O uso adequado das tecnologias agrícolas e entre elas a
de aplicação de agroquímicos são essenciais para garantir a segurança
ambiental e eficácia no uso de defensivos agrícolas”, afirma.
Entre as soluções de tecnologia, a força-tarefa indica o
uso de aviões agrícolas como o meio recomendado para a aplicação do
herbicida. De acordo com Leonardo Melgarejo, entretanto, existem casos
de crianças intoxicadas pela aplicação aérea de agrotóxicos em
proximidade de escolas. A ocorrência mais recente foi registrada em
Goiás, em maio deste ano, indica.
Segundo Melgarejo, considerando tratar-se de um produto
extremamente tóxico, que será manipulado em escalas colossais, é
temerário e quase irresponsável afirmar que sua aplicação será segura.
Repercussão
A liberação de transgênicos resistentes deve fomentar ainda mais o uso do 2,4-D. Nos Estados Unidos, onde o produto já se constitui do terceiro fitossanitário mais utilizado, com mais de 31 mil toneladas anuais, o desfecho da situação brasileira é acompanhado com interesse.
Charles Benbrook, professor e pesquisador do Centro de
Agricultura Sustentável e Recursos Naturais da Universidade do Estado de
Washington, nos Estados Unidos, diz que o país norte-americano, o
Brasil e a Argentina são os únicos produtores de milho no mundo que
consideram seriamente o 2,4-D, apesar de ser um dos herbicidas mais
arriscados do mercado.
Com o tempo, teremos ervas cujo controle se tornará
mais e mais complexo, para as quais os herbicidas que conhecemos não
funcionarão
Leonardo Melgarejo
Segundo Benbrook, a aprovação dos transgênicos
resistentes ao 2,4-D nos EUA ainda depende de estudos complementares de
impacto ambiental, mas sua aplicação é esperada para o plantio comercial
de 2015 ou 2016. O agravamento dos problemas relacionados às ervas
resistentes ao glifosato, contudo, pode levar a uma aprovação de
emergência do milho 2,4-D, avalia.
O pesquisador possui um compêndio de 117 estudos que
associam o 2,4-D a formas de câncer e outras 149 pesquisas que
relacionam o herbicida a defeitos congênitos. Apesar dos riscos, prevê
aumento de 73 vezes na quantidade de 2,4-D aplicado ao milho até 2019
nos EUA.
Outra preocupação de Benbrook reside na fiscalização que
seria necessária para controlar o ingresso no mercado de versões mais
baratas e de tecnologia ainda menos segura do herbicida. “Há 2,4-D
barato, mal fabricado e de alto risco produzido na China e em outros
países, e, sem dúvida, outros fabricantes genéricos e de baixo custo vão
entrar no negócio se as culturas com 2,4-D elevarem a demanda em 10
vezes ou mais”, conclui.
Durante a Guerra do Vietnã (1964-1975), Washington e seus aliados
despejaram 83 milhões de litros de herbicidas altamente tóxicos sobre
centenas de milhares de hectares do Sudeste Asiático, a maioria no
Vietnã, mas também no Laos e no Camboja. Os aviões norte-americanos
arrasaram até 25% das florestas do país com um desfolhante conhecido
como agente laranja.
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Monsanto e Dow Chemicals são condenadas por agente laranja no Vietnã
O Tribunal Supremo sul-coreano considerou demonstrada a correlação epidemiológica entre este desfolhante e as doenças de pele desenvolvidas por ex-militares que combateram junto aos americanos contra o Vietcongue
France Presse
Publicação: 12/07/2013 11:52 Atualização: 12/07/2013 11:56
Seul - A justiça sul-coreana deu razão nesta sexta-feira (12/7) a 39 ex-combatentes que afirmaram ter ficado doentes devido ao agente laranja, um químico utilizado pelos americanos na guerra do Vietnã, e ordenou que as multinacionais Monsanto e Dow Chemicals os indenizem. O Tribunal Supremo sul-coreano considera demonstrada a correlação epidemiológica entre este desfolhante e as doenças de pele desenvolvidas por estes ex-militares que combateram junto aos americanos contra o Vietcongue.
O Tribunal ordenou que a Monsanto e a Dow Chemicals, produtoras do agente laranja, indenizem os demandantes com um total de 466 milhões de wons (315 mil euros), somas que certamente não receberão nunca. A Dow Chemicals anunciou que rejeita a sentença da justiça sul-coreana e invocou decisões anteriores nos Estados Unidos, segundo a agência de notícias Yonhap. No entanto, o alto tribunal sul-coreano invalidou um recurso apresentado por outros milhares de veteranos. Um total de 16 mil ex-combatentes demandaram individualmente em 1999 as empresas americanas e exigiram o equivalente a 3,4 bilhões de euros de indenizações.
A Coreia do Sul mobilizou 300.000 combatentes nas fileiras americanas na guerra do Vietnã. Por sua vez, Hanoi afirma que até 3 milhões de vietnamitas foram expostos à dioxina que o agente laranja contém, um milhão dos quais sofre com graves problemas de saúde. Entre eles encontram-se 150.000 crianças que nasceram com deformações.
Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2013/07/12/interna_mundo,376688/monsanto-e-dow-chemicals-sao-condenadas-por-agente-laranja-no-vietna.shtml
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