Ao acordar de manhã
descobri que o ar de repente se tornara líquido.
E ao me levantar os peixes do aquário,
que agora nadavam pelo quarto, se chocavam com meu rosto
e fugiam espavoridos como num pesadelo.
Pensei estar ficando louco.
Busquei apressadamente a janela
e notei que lá fora todo o ar
também se tornara líquido.
E todos os seres caminhavam tranquilos
por entre peixes de todas as espécies,
tão indiferentes como se natural fosse,
vivermos no fundo do mar
ou de um imenso lago.
Nossa respiração se transformara...
Agora nossas narinas separavam do líquido
o oxigênio necessário aos pulmões;
a pele se tornara muito branca,
oleosa e quase que translúcida...
Nos armários da cozinha encontrei garrafas
que haviam permanecido fechadas
e ainda continham ar em seu interior...
E em suas paredes internas
possuíam pequenas gotículas de suor,
que pouco a pouco iam se juntando
e enchendo o recipiente,
até substituir a todo o ar ali existente.
Havia porém um limite sutil
entre este líquido, que a tudo envolvia,
e a água, que estranhamente,
continuava em seu lugar e estado normal.
Era um líquido menos denso que a água.
Contudo para os peixes não havia obstáculos...
A maioria vencia este limite com grande facilidade
e por entre nós circulavam,
nas formas mais exóticas,
soltando sempre pequenas borbolhas por onde passavam.
Lembrei então da velha teoria
de que a vida havia um dia começado no mar
e aos poucos comecei a desconfiar
que toda a vida de repente
tinha voltado às suas origens...
Como se todo o planeta, num mesmo instante,
tivesse sido mergulhado de uma só vez
numa grande bolsa de líquido amniótico.
Tive a sensação de que algo muito maior estava para acontecer.
Tudo parecia muito estranho.
Havia uma grande pressão sobre tudo.
Tudo era um profundo silencio.
E não havia sol, nem mesmo o dia,
mas apenas uma estranha luminescência no céu
como numa aurora boreal...
Foi somente então que percebi...
já era O DIA SEGUINTE...
Ibiatan Upadian
(27.01.85)
(*) O DIA SEGUINTE, poema 154, do livro "VOZES DO VENTO", de Ibiatan Upadian.
RELATO DO AUTOR:
Este poema foi inspirado após uma experiência de viagem interdimensional extracorpórea que vivenciamos em Janeiro de 1985, quando em corpo mental (corpo da 5ª dimensão) fomos levados a uma viagem interestelar em uma nave dos Irmãos Pleiadianos Interdimensionais, para visitar um pequeno planeta da 6ª dimensão, no qual vive uma antiga civilização de seres que são, segundo nos informaram, os antepassados galácticos de nossos golfinhos e baleias.
Estes seres que são humanos como nós, possuem de diferente apenas a caixa craniana, que é um pouco maior e com uma protuberância na testa e a respiração que é feita em seu ambiente natural através de uma espécie de guelras como as dos peixes localizadas abaixo das orelhas, que por sua vez, também são tão menores que mal são percebidas.
Eles vivem num planeta onde o ar é liquido (oxigênio líquido???), mas num estado diferente, menos denso que a água, que lá existe normalmente. Eles vivem em uma cidade de tamanho médio localizada na cabeceira de um vale localizado entre duas cadeias de montanhas e suas casas são todas semelhantes, quadradas, brancas e cobertas de lages, todas enfileiradas, parecendo em muito com a arquitetura dos marroquinos e dos povos da costa mediterrânea. O único edifício que se destacava dos demais era o do Conselho que ficava no ponto mais alto da cidade na cabeceira do vale junto as montanhas e este edifício nos fez lembrar uma mesquita ou palácio marroquino, com suas colunas e arcos e com um torre de observação, tipo belvedere sobre o teto que nos trouxe a lembrança dos minaretes das mesquitas.
Fomos amorosamente recepcionados por um pequeno grupo de seres que se apresentaram a nós em corpos de 5ª dimensão (a dimensão em que estávamos) embora eles fossem da 6ª dimensão. Eles muito gentis e fraternos nos mostraram a Casa do Conselho, nos levaram ao alto do belvedere para podermos ver a cidade e depois nos levaram a percorrer algumas ruas dos dando sempre as explicações necessárias, através de uma conversação totalmente mental, telepática.
Reparamos que as casas, assim como a Casa do Conselho, não possuíam portas nem janelas e em seus interiores havia pouquíssimos e singelos móveis e utensílios, isto é, quando possuíam algum. Percebemos que as ruas e edifícios estavam desertos, mas podia se ver eventualmente pontos de luzes intermitentes flutuando pelas ruas e dentro das casas como se fossem grandes vaga-lumes e nossos anfitriões nos explicaram que era como podíamos perceber os seus irmãos em corpos da 6ª dimensão a partir da dimensão em que estávamos (5ª dimensão).
Questionamos os Irmãos Pleiadianos do porque de não estarmos também na 6ª dimensão e eles nos responderam que embora também fossemos originalmente um ser da 6ª dimensão, na ocasião estávamos encarnados num corpo físico da 3ª e que por questões energéticas momentâneas, isto estava tecnicamente nos limitando de vivenciar conscencialmente a 6ª dimensão.
Percebemos que lá eles recebiam também a luz de uma estrela, como o nosso sol, contudo em razão do ar de lá ser líquido a sua luminosidade era difusa como se estivéssemos vendo o sol do fundo de uma piscina.
Nossos anfitriões nos disseram que eram administrados por um conselho formado por 11 casais de mestres (os mais evoluídos de seu povo) e que cada um destes casais se revezava presidindo o conselho durante um certo período e, ainda, que os membros do conselho não eram permanentes e o mesmo sofria alterações em sua formação, sendo os casais substituídos por outros á medida que ascendiam para dimensões mais elevadas.
Explicaram-nos que atuam dentro de mundos de dimensões inferiores como representantes e executores de um dos quatro raios de manifestação da força da criação o que na 3ª dimensão corresponde ao elemento água. Esclareceram-nos também que ao longo da existência do planeta Terra, sempre estiveram nos acompanhando e trabalhando através dos seres e das forças elementais da água para manter a limpeza e o equilíbrio da natureza, principalmente através das ondinas e também das baleias e dos golfinhos. Que em conjunto com outras forças, em várias ocasiões tiveram que promover intervenções mais radicais no planeta, visando a sua preservação e da vida nele existente.
Os Irmãos Pleiadianos concluíram então nossa visita nos observando que serão estes seres que estarão incumbidos de promover a limpeza da Terra após os eventos relativos à transição planetária para que a mesma venha a ter condições de ser habitado pela nova humanidade.
Ibiatan Upadian
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