terça-feira, 28 de junho de 2011

LIXO ESPACIAL passa a 250 metros da ISS e obriga tripulação a deixar estação espacial




Moscou - A tripulação da Estação Espacial Internacional teve que se refugiar brevemente nesta terça-feira a bordo do módulo de segurança para uma evacuação, devido a detritos orbitais que ameaçavam a ISS e que passaram a apenas 250 metros, indicou a agência russa Interfax.
"Detritos espaciais foram detectados muito tarde para que a estação pudesse efetuar uma manobra de desvio. Os seis membros da tripulação receberam a ordem de entrar nas naves Soyouz", indicou uma fonte do programa espacial russo às 12h00 GMT (09h00 de Brasília), citada pela Interfax.
Pouco depois, a mesma fonte anunciou que o perigo tinha passado, indicando que um detrito não identificado havia passado muito perto da instalação espacial.
"A tripulação foi informada que um detrito espacial havia passado ao lado da estação e que pode deixar as naves Soyouz", indicou, acrescentando que o detrito tinha passado a somente 250 metros da ISS.
Nenhuma confirmação oficial do incidente foi obtida até o momento. Uma porta-voz do centro de controle russo de voos espaciais (TSOuP) indicou à AFP que não pode "confirmar ou negar esta informação".
Segundo ela, quando a ISS é ameaçada por detritos orbitais, a tripulação recebe a ordem de entrar em cápsulas de segurança para que possam deixar a estação se necessário.
"Trata-se de um procedimento normal para deixar a estação se necessário. Não é um procedimento extraordinário. Eles (os cosmonautas) têm instruções permanentes nesse sentido", explicou a porta-voz.
Em caso de impacto, a ISS pode sofrer uma despressurização, o que condenaria sua tripulação.
Três russos - Andrei Borissenko, Alexandre Samokoutaev e Serguei Volkov -, dois americanos - Roland Garan, Michael Fossum - e um japonês, Satoshi Furukawa, fazem parte atualmente da equipe da ISS.
Em março de 2009, a tripulação da ISS se refugiou a bordo de uma nave Soyouz quando um detrito ameaçou a estação. Dez minutos depois, a Nasa anunciou que não havia mais perigo.
Na época, os cientistas alertaram que esses incidentes iriam aumentar devido à quantidade de lixo espacial cada vez maior.
Além de satélites abandonados e de alguns outros objetos grandes, os especialistas estimam que cerca de 300.000 detritos de 1 a 10 cm e bilhões de objetos menores gravitem em torno da Terra.
Cerca de 18.000 desses objetos são monitorados por radares americanos, pois são considerados muito perigosos para as naves e para a própria ISS por se deslocarem a velocidades de dezenas de milhares de km/h.
Esta vigilância não impediu uma colisão no dia 10 de fevereiro de 2009 entre um satélite militar russo e um satélite comercial americano. De acordo com especialistas, foi a primeira vez que um incidente desse tipo foi registrado.

 

Fonte:  http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/afp/2011/06/28/detritos-a-250-metros-da-iss-obriga-tripulacao-a-deixar-estacao.jhtm

 ************

Cosmonautas perdem ferramenta: Céu estrelado? Não, lixo espacial! Toneladas de lixo orbitando sobre nós a 30 mil Km/h


O objeto aparece em vídeo, flutuando lentamente em direção ao espaço sideral, durante caminhada espacial  dos cosmonautas russos Dmitry Kondratyev e Oleg Skripochka nesta quarta-feira (16) para instalar novos sensores de terremotos e relâmpagos na Estação Espacial Internacional. E já não é a primeira vez…
O vídeo pode ser visto na página da BBC: “Cosmonautas perdem ferramenta no espaço”
Meus amigos, cuidado com suas cabeças: manchas de óleo, parafusos, pedaços de metal e até mesmo uma sacola inteirinha cheia de ferramentas fazem parte de um inventário de 400.000 artefatos, o famigerado lixo espacial, orbitando a Terra. Uma nuvem de metal e detritos que vêm aumentando ano após ano. E o que isso tem a ver com ecologia? Tudo!
A hipótese (Síndrome de Kessler) apresentada por um físico da Nasa, sustenta que haverá um momento em que o espaço terá tantos detritos que será impossível utilizá-lo para as necessidades da humanidade. Isso porque, quando dois objetos se chocam, eles geram mais fragmentos, multiplicando assim o número de elementos em órbita. E os satélites que atualmente estão em órbita, por exemplo, são responsáveis por transmitir dados, sinais de televisão, rádio e telefone, sem contar os equipamentos que observam a Terra, fornecem informações sobre mudanças climáticas, podem antecipar fenômenos naturais e fazer o mapeamento de áreas.
E qual a realidade lá em cima? Os astronautas, satélites e a própria estação espacial enfrentam problemas em antever um impacto: Devido à velocidade muito grande em que viaja o lixo espacial, pequenas peças entre 1 e 10 centímetros de tamanho podem penetrar e danificar maioria das naves espaciais. Mas não é só isso, um pedaço de metal de 10cm pode causar tanto dano como vinte e cinco bananas de dinamite! Claro, afinal esse lixo todo circula nosso planeta em velocidades que podem ultrapassar 30.000Km/h !!!
 
A imagem à esquerda mostra que o risco de dano é real. Esse buraco de 1 cm de diâmetro é o resultado de um detrito que penetrou a antena parabólica do Hubble. Mais? As janelas do ônibus espacial foram substituídas 80 vezes devido aos impactos com objetos de menos de 1 mm.

Durante sua primeira década em órbita, por exemplo, mais de 200 objetos se afastaram da estação espacial Mir, a maioria deles envolta em sacos de lixo. Mas a maior fonte de material significativo são aproximadamente 150 satélites, que foram destruídos ou se desmantelaram, deliberadamente ou acidentalmente. Eles deixaram um rastro de 7.000 fragmentos suficientemente grandes (acima de 10 centímetros), a serem monitorados a partir da Terra.
Por estas razões a NASA (em conjunto com o Departamento de Defesa dos EUA) criou uma rede de vigilância do espaço (menos mal…). Estações de solo monitoram grandes pedaços de lixo espacial para que as colisões com os satélites ou com o ônibus espacial possam ser evitadas. Os planos futuros incluem um esforço de cooperação entre os governos de muitos países para parar de jogar lixo espacial e possivelmente para limpar o lixo já está lá.

E o Brasil tem sua parte de culpa: temos dois satélites de coleta de dados e mais três satélites em conjunto com a China e nenhum desses cinco dispõe de um sistema para que seja feita sua remoção em órbita…
Vejam então as idéias, mirabolantes ou não, para remoção do lixo espacial:
1. Aerogel: Utilizado pela NASA para coletar poeira espacial, a idéia é colocar em órbita painéis cobertos com este material onde pequenos pedaços de resíduos espaciais ficariam presos como insetos em um pára-brisa.
2. Lasers: Instalar canhões de laser em alguns pontos estratégicos e disparar contra o lixo, para desviar sua órbita para mais perto do planeta. Com isso, o lixo queimaria até desaparecer.
3. Braço: Uma espécie de nave não-tripulada, guiada por radares e câmeras, seria equipada com braços robóticos para coletar os detritos.
4. Redes: Sistema de redes gigantes, que formaria um cesto capaz de capturar os detritos e jogá-los mais para baixo.
5. Espuma: Um painel de espuma seria colocado na rota dos detritos. Assim que os objetos passassem por ele, teriam sua velocidade reduzida, caindo de volta no planeta.
6. Fios: Cabos condutores de cobre poderiam ser acoplados a satélites desativados para que eles pudessem ser atraídos pelo campo magnético da Terra.
A Terra é rodeada por pedaços de destroços orbitais que, segundo Nicholas Johnson (Scientific American, 1998), “lembram abelhas furiosas em torno de uma colméia, parecendo mover-se aleatoriamente em todas as direções.” Olhe para os os números acima, e você quase pode ouvir o zumbido!
Parece que um novo tipo de emprego deverá ser criado com urgência: Lixeiro Espacial ! E deve ser rentável, considerando que as toneladas de metal sobre nossas cabeças são recicláveis: só nossas cabeças que não. Que tal começarem logo essa limpeza?

Fonte: http://eco4u.wordpress.com/2011/02/17/ceu-estrelado-nao-lixo-espacial-toneladas-de-lixo-orbitando-sobre-nos-a-30-000-kmh/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Grato pela vossa visita e volte sempre.
Antes de comentar leia por favor:

1. Os comentários deste blog são todos moderados e nos reservamos no direito de publica-lo ou não;
2. Escreva apenas o que for referente ao tema;
3. Não publicaremos comentários que visem promoção pessoal ou de site, de blog, de canal ou de qualquer página na internet;
4. Tampouco publicaremos comentário com publicidade, propaganda ou divulgação de empresas, negócios, partidos, religiões ou seitas;
5. Ofensas pessoais, vocabulário de baixo nível ou spam não serão aceitos;
6. Não fazemos parcerias, debates, discussões ou acordos por meio de comentários;
7. Para entrar em contato acesse nosso formulário de contato no rodapé da página;
8. Grato por participar e deixar aqui o vosso comentário.