Uma dupla de astrônomos chamou a atenção da mídia por afirmarem que um planeta com quatro vezes o tamanho de júpiter pode estar a espreita na parte exterior do sistema solar. Tal planeta foi chamado por eles de Tyche (Hercólobus).
Atualizado em 08/05/2011
Wilson Santos
Redação, em Salvador
Redação, em Salvador
Muitos astrônomos dizem que provavelmente não há nada deste tamanho na parte exterior do nosso sistema solar. A afirmação feita por John Matese e Daniel Whitmire da Universidade de Lousiana-Lafayette não é nova. Eles levantaram uma afirmação parecida em 1999, sugerindo que a presença deste planeta gigante na parte mais distante do sistema solar chamado de nuvem de Oort poderiam explicar as orbitas incomuns empreendias por alguns cometas originários daquela região.
"Há evidências de que alguns cometas da nuvem de Oort apresentam algumas particularidades, isto indica que há a probabilidade que este padrão indique a presença deste planeta na região." Embora estes argumentos sejam similares ao mesmo argumento que eles já haviam feito previamente, Matese afirmou que o que difere desta vez é que o "padrão" persiste. "Isto provavelmente indica um fluxo estatístico que poderiam ser provados por muitos dados que não foram levados em conta no passado, por cerca de 10 anos".
Matese disse que o telescópio Wise da Nasa já pode ter coletado muitos dados sobre Tyche no infravermelho, mas que seria muito complicado de se coletar devido ao tamanho imenso da banda de dados do telescópio. "O modelo do espectro que havíamos predito é incerto, mas certamente haverá muitos sinais que serão similares ao que previmos para o nosso objeto - o planeta super gigante chamado Tyche. Portanto isto poderá levar tempo" afirmou ele. "Um sinal de Tyche - caso ele realmente esteja lá - poderá ser localizado em até dois anos" disse Matese.
Nem todos estão otimistas com a idéia: Sem provas solidas nada de planeta!
Matthew Holman, um cientista planetário da Harvard Smithsonian Institute of Astrophysics não é um fã da idéia da existência de Tycher. Embora ele não tenha lido as ultimas versões dos argumentos de Matese e Whitmire, Holman afirmou que "Baseado em estudos que venho observando por um longo período de cometas vindo da região de Oort, encontrei muitos sinais de grandes perturbações naquela região, mas somente isto não persuade a crer na existência de um grande objeto que afete gravitacionalmente os cometas na nuvem de Oort, é preciso mais evidencias que apenas uma teoria."
Hal Levison, outro cientista planetário da Southwest Research Institute in Boulder, no Colo, que recentemente escreveu um artigo cientifico sobre a nuvem de Oort apóia a opinião de Holman. "Eu não li nenhuma prova documentada ao qual eles afirmam que são mais que estatísticas e que são muito melhor que as anteriores no qual ele afirma ter visto evidências deste objeto," afirmou Levison. "Mas nos seus documentos anteriores, eu realmente acredito que eles erraram em suas estatísticas Afirmações incríveis requerem incríveis provas e eu realmente acredito que eles não compreenderam como realizar corretamente as análises e estatísticas de suas afirmações"
"O que Matese afirma é que ele viu um grande número e cometas vindos de um local em particular, ao qual ele atribui este efeito a desvios gravitacionais feitos por um grande planeta na região da grande nuvem de Oort. Eu não tenho nada contra a idéia, mas acredito que o sinal que eles afirmam ter visto que mostra a existência de um planeta ali são muito tênues e eu realmente não acredito que sejam assim tão significantes," afirmou Lavison.
"Existe um outro grupo na Inglaterra que afirmam a mesma coisa, mas com um júpiter do outro lado do Sol, o que explicaria o excesso de cometas - segundo eles", disse Lavison.
Como sempre foi, ainda é muito difícil se provar ou não algo que nunca se viu e nem se pode tocar, mas por enquanto visto que a maioria dos cientistas não estão certos sobre um excesso de cometas em primeiro lugar, é muito cedo para se crer na idéia de Tyche no sistema solar.
Fonte: http://www.astrofisicos.com.br/planetas/planeta-quatro-vezes-tamanho-jupiter-sistema-solar-exterior/index.html
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