Atualizado em 05/05/2011
Wilson Santos
Redação, em Salvador
Redação, em Salvador
Usando um United States Geological Survey estimou-se que a falha responsável pelo terremoto escorregou, o cientista Richard Gross do Jet Propulsion Laboratory da NASA, em Pasadena - Califórnia, aplicou um modelo complexo para realizar um cálculo preliminar teórico de como o terremoto no Japão - o quinto maior desde 1900 - pode ter afetado a rotação da Terra. Seus cálculos indicam que, alterando a distribuição da massa da Terra, o terremoto japonês deve ter feito a Terra girar um pouco mais rápido, encurtando o comprimento do dia em cerca de 1,8 microssegundos (um microssegundo é a milionésima parte de um segundo).
Os cálculos mostram também que o terremoto no Japão deve ter mudado a posição do eixo da Terra (o eixo sobre o qual a massa da Terra é equilibrada) por cerca de 17 centímetros (6,5 polegadas), para 133 graus de longitude leste. Este eixo não deve ser confundido com o seu eixo norte-sul, que são compensados por cerca de 10 metros (cerca de 33 pés). Essa mudança no eixo da Terra fará a Terra oscilar um pouco diferente a cada vez que ela gira, mas não vai causar uma mudança do eixo da Terra no espaço, somente as forças externas, tais como a atração gravitacional do sol, da lua e dos planetas pode fazer isso.
Ambos os cálculos provavelmente vão mudar quando os dados sobre o tremor forem mais refinados.
Em comparação com o terremoto no Chile no ano passado de magnitude 8,8 Gross estimou que o tremor deve ter encurtado a duração do dia em cerca de 1,26 microsegundos e deslocado o eixo da Terra por cerca de 8 centímetros (3 polegadas). Um cálculo similar realizado após o terremoto de Sumatra em 2004 de magnitude 9,1 revelou que deveria ele deve ter reduzido a duração do dia em 6,8 microsegundos e deslocado o eixo da Terra por cerca de sete centímetros, ou 2.76 polegadas. Como um único terremoto afeta a rotação da Terra depende de seu tamanho (grandeza), localização e dos detalhes de como a falha entre as placas tectônicas deslizou, encurtando os dias na Terra.
Gross disse que em teoria, qualquer coisa que redistribui a massa da Terra irá mudar a rotação sua Terra.
"A rotação da Terra muda a todo tempo, não só como resultado de abalos sísmicos, mas também com os efeitos - de maior poder - das mudanças nos ventos da atmosfera e das correntes oceânicas", disse ele. "Ao longo de um ano, a duração do dia aumenta e diminui em cerca de um milésimo de segundo, ou aproximadamente 550 vezes maior do que a mudança provocada pelo terremoto japonês. A posição do eixo da Terra também muda o tempo todo, por cerca de 1 metro (3,3 pés) ao longo de um ano, ou cerca de seis vezes mais do que a mudança que deveria ter sido causado pelo terremoto no Japão".
Gross disse que quando nós pudermos medir os efeitos da atmosfera e do oceano na rotação da Terra, os efeitos dos sismos, pelo menos ao que parece até agora, certamente serão muito menor. As mudança computadas na duração do dia causadas por terremotos é muito menor que a precisão com que os cientistas os podem hoje medir nas mudanças do comprimento do dia. No entanto, desde que a posição do eixo terrestre pode ser medida com uma precisão de cerca de 5 centímetros (2 polegadas), a mudança de 17 centímetros estimado no seu eixo pelo terremoto do Japão, poderá ser grande o suficiente para observar se os cientistas podem remover adequadamente os maiores efeitos da atmosfera e do oceano a partir das medições de rotação da Terra. Ele e outros cientistas estarão investigando esses dados a medida que se tornarem mais amplos.
Gross disse que as mudanças na rotação do eixo da Terra causados por terremotos não deveriam ter qualquer impacto no nosso quotidiano. "Estas mudanças na rotação da Terra é perfeitamente natural e acontece o tempo todo", disse ele. "As pessoas não devem se preocupar com eles."
Fonte: http://www.astrofisicos.com.br/tecnologia/terremoto-no-japao-pode-ter-encurtado-os-dias-na-terra/index.html
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