SAO/NASA Astrophysics Data System (ADS)
Title: The 1930 August 13 'Brazilian Tunguska' eventAuthors: Bailey, M. E., Markham, D. J., Massai, S., & Scriven, J. E.
Journal: The Observatory, vol. 115, p. 250-253 (1995)
Tunguska brasileiro
O Tunguska brasileiro é o termo pelo qual ficou conhecido o evento ocorrido no estado brasileiro do Amazonas no dia 13 de agosto de 1930.[1], análogo ao evento de Tunguska. Seringueiros, pescadores e indígenas relataram "bolas de fogo" que caíram do céu. Posteriormente, foram encontradas astroblemas de até 1 km de diâmetro e, partindo da data do evento, acredita-se tratar de resquícios das Perseidas, que riscam os céus nos meses de agosto.
Bibliografia
- BAYLEY, M. E. et al., "The Brazilian Tunguska Event", Londres, The Observatory: A Review of Astronomy, vol. 115, n. 1128, pp. 25-253, 1995.
- WINTER, Othon e LEITE, Bertília. Fim de milênio: uma história dos calendários, profecias e catástrofes cósmicas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1999. ISBN 8571105189
Referências
- ↑ WINTER, Othon e LEITE, Bertília. Fim de milênio: uma história dos calendários, profecias e catástrofes cósmicas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1999. p. 119
Astroblema
Em astronomia, Astroblema ou cratera de impacto é uma formação crateriforme produzida, pela queda do espaço de um meteorito ou cometa. Difere das crateras de origem vulcânicas que são formadas por materiais e forças oriundas das camadas geológicas do interior da terra.Os astroblemas podem ser vistos facilmente em astros como a Lua, onde na pouca erosào podem ser conservados. Na Terra, a erosão fez com que a maior parte dos astroblemas desaparecessem. Poucos são ainda visíveis. O exemplo notável é a Cratera Barringer, em Flagstaff no Arizona EUA, resultante da colisão de um bólito.
O vocábulo astroblema vem das palavras gregas astron = estrela e blema = cicatriz, que leva ao significado de “cicatriz de estrela”, e foi cunhado com grande exatidão poética, em 1961, pelo meteoricologista norte-americano, Robert S. Dietz.
Crateras de impacto
- Na superfície do planeta TERRA, formadas pelos impacto de asteróides (ordenação crescente de acordo como seu diâmetro):
Crateras no Brasil
- Domo de Araguainha - Mato Grosso/Goiás -
- Cratera da Colônia - São Paulo -
- Serra da Cangalha - Tocantins -
- São Miguel do Tapuio - Piauí -
- Cerro Jarau - Rio Grande do Sul -
- Cratera de Piratininga - São Paulo -
- Cratera de Patrocínio - Minas Gerais -
- Cratera Inajá - Pará -
- Cratera de Ubatuba - São Paulo -
- Domo Vargeão - Santa Catarina -
- Cratera de Aimorés Minas Gerais -
- Cratera de Vista Alegre - Paraná -
- Cratera de Santa Marta - Piauí -
- Cratera de Riachão - Maranhão -
TRÊS METEOROS EXPLODIRAM NA AMAZÔNIA
Na manhã de 13 de agosto de 1930, no Vale do Javari, em plena selva amazônica, perto da fronteira com o Peru, habitantes ao longo do Rio Curuçá viram o céu ficar avermelhado: logo formou-se uma chuva de poeira, seguida pelo som assobiado de bólidos vindo do céu. Três meteoritos explodiram pouco acima do solo e fizeram a terra tremer; o estrondo foi ouvido a mais de 100 quilômetros, na cidade de Tabatinga.
O impacto atingiu 5 megatons e abriu uma cratera com um quilômetro de diâmetro. Segundo pesquisadores, os meteoritos provavelmente eram pedaços caídos na passagem do cometa P/Swift Tuttle, que produz o fenômeno astronômico anual conhecido por chuva das Perseidas.
O curioso é que a Cratera Curuçá, como tornou-se conhecido o local do impacto, ficou esquecida por mais de meio século. Foram os russos que chamaram a atenção do astrônomo inglês M. E. Bailey para o acidente brasileiro, em 1995. Pesquisando nos arquivos do Vaticano, o cientista encontrou um jornal de 1931 com o relato detalhado da queda dos meteoritos feito por um monge capuchinho que estivera em missão religiosa na Amazônia por aqueles dias. Outra referência partiu do Observatório Sismológico San Calixto, em La Paz, que registrou ecos do tremor na Bolívia.
Logo depois, estudiosos brasileiros com auxílio de localizador GPS, fez mapeamento em infravermelho por satélite e fotografias aéreas e conseguiram localizar a cratera (latitude 5° S, longitude 71.5° W , Região do Alto Solimões) e, em 1997, foi realizada a expedição ao local. Uma curiosidade foi a descoberta das únicas "pedras" do Amazonas, que na verdade eram pedaços de argila compactada pela força da explosão (nota: considera-se que no Amazonas não existem pedras, só argila e arenitos).
O impacto atingiu 5 megatons e abriu uma cratera com um quilômetro de diâmetro. Segundo pesquisadores, os meteoritos provavelmente eram pedaços caídos na passagem do cometa P/Swift Tuttle, que produz o fenômeno astronômico anual conhecido por chuva das Perseidas.
O curioso é que a Cratera Curuçá, como tornou-se conhecido o local do impacto, ficou esquecida por mais de meio século. Foram os russos que chamaram a atenção do astrônomo inglês M. E. Bailey para o acidente brasileiro, em 1995. Pesquisando nos arquivos do Vaticano, o cientista encontrou um jornal de 1931 com o relato detalhado da queda dos meteoritos feito por um monge capuchinho que estivera em missão religiosa na Amazônia por aqueles dias. Outra referência partiu do Observatório Sismológico San Calixto, em La Paz, que registrou ecos do tremor na Bolívia.
Logo depois, estudiosos brasileiros com auxílio de localizador GPS, fez mapeamento em infravermelho por satélite e fotografias aéreas e conseguiram localizar a cratera (latitude 5° S, longitude 71.5° W , Região do Alto Solimões) e, em 1997, foi realizada a expedição ao local. Uma curiosidade foi a descoberta das únicas "pedras" do Amazonas, que na verdade eram pedaços de argila compactada pela força da explosão (nota: considera-se que no Amazonas não existem pedras, só argila e arenitos).
A cratera e o material colhido em sua borda continuam sendo estudados por especialistas. Segundo eles, o Tunguska Brasileiro, tal como foi chamado por Bailey, é uma das quedas cósmicas mais importantes do século 20. (http://www.serqueira.com.br/mapas/curuca.htm)
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