16 de julho de 2012
Líderes maias da América Latina foram a Los Angeles explicar a
"confusão" na próxima mudança de ciclo no calendário pré-colombiano
(maia), além de abençoar a comunidade imigrante que vive neste país.
"De acordo com o calendário maia, este ano será marcado por uma mudança de ciclo que foi iniciada há 5.125 anos, o chamado baktunes", disse à agência Efe Marte Trejo, historiador e astrônomo mexicano.
"Apesar dos 13 baktunes serem completados neste ano, isso não significa que o mundo vai acabar como muitas pessoas estão comentando", completou Trejo.
"Não devemos nos preocupar pensando que haverá uma destruição total do planeta. O que acontecerá é simplesmente uma mudança de ciclo, que terminará em dezembro para começar um novo período ou novo baktun", afirmou.
Com intenção de esclarecer as interpretações apocalípticas do calendário pré-colombiano, Manuel Xicum, sacerdote Maia, e outros representantes desta tribo radicados no México, Belize, Guatemala, El Salvador e Honduras se reuniram neste fim de semana na Placita Olvera e no Centro Cultural EEK''Mayab, ambos em Los Angeles.
Além de esclarecer as dúvidas presentes no calendário maia, Xicum e os outros líderes da etnia zapoteca realizaram um ritual de oração em língua maia para a comunidade imigrante em pleno centro histórico de Los Angeles.
"Essa confusão foi provocada por alguns meios de imprensa e por algumas pessoas que não souberam explicar ao certo sobre o que é realmente a visão de mundo dos maias", disse Xicum à agência Efe.
"A visão de mundo maia é a união entre a natureza e Deus, é a união entre os corpos celestes com a mãe terra", completou o sacerdote.
O calendário maia é uma pedra de cálculo circular, disseminada na região da Mesoamérica, que, segundo o anuário gregoriano do sistema ocidental atual, foi iniciado no dia 13 de agosto de 3.114 a.C.
"O sistema de contagem de tempo dos maias não era linear, mas era circular e, por isso, o calendário também é circular, já que os ciclos começam em um ponto e terminam em si mesmos.
Assim, nasce um novo período", indicou Trejo, que colabora com a Secretaria de Turismo do México para falar sobre o Mundo Maia.
Trejo explicou que um baktun maia corresponde a um período de aproximadamente 394 anos, que, ao multiplicá-lo por 13 baktunes, resulta em 5.125 anos, ou seja, um ciclo completo.
No calendário mesoamericano, este ciclo será completado no dia 21 de dezembro de 2012.
María Eugenia Loria, uma matriarca maia originária do estado mexicano de Iucatã, disse à agência Efe que o calendário maia foi criado com base na observação do movimento dos astros em períodos de um ano e em ciclos de mais de 5 mil anos.
"Na mudança de ciclo que ocorrerá em dezembro haverá uma nova escalação de astros que pode gerar mudanças no clima, mas não sabemos a que extremo", indicou María Eugenia.
Já José Loria, outro líder maia no Iucatã, disse à agência Efe que a conclusão do ciclo do tempo calculado pelos maias provavelmente poderá influenciar o funcionamento do planeta.
"Algo no planeta está mudando porque há lugares em que nunca chovia e, hoje, chove demais, enquanto há outros lugares em que antes chovia e hoje é marcado pela seca", destacou Loria.
"Essas são as mudanças de ciclos que teremos que aprender, mas isso não significa que o mundo vai acabar neste ano", finalizou.
"De acordo com o calendário maia, este ano será marcado por uma mudança de ciclo que foi iniciada há 5.125 anos, o chamado baktunes", disse à agência Efe Marte Trejo, historiador e astrônomo mexicano.
"Apesar dos 13 baktunes serem completados neste ano, isso não significa que o mundo vai acabar como muitas pessoas estão comentando", completou Trejo.
"Não devemos nos preocupar pensando que haverá uma destruição total do planeta. O que acontecerá é simplesmente uma mudança de ciclo, que terminará em dezembro para começar um novo período ou novo baktun", afirmou.
Com intenção de esclarecer as interpretações apocalípticas do calendário pré-colombiano, Manuel Xicum, sacerdote Maia, e outros representantes desta tribo radicados no México, Belize, Guatemala, El Salvador e Honduras se reuniram neste fim de semana na Placita Olvera e no Centro Cultural EEK''Mayab, ambos em Los Angeles.
Além de esclarecer as dúvidas presentes no calendário maia, Xicum e os outros líderes da etnia zapoteca realizaram um ritual de oração em língua maia para a comunidade imigrante em pleno centro histórico de Los Angeles.
"Essa confusão foi provocada por alguns meios de imprensa e por algumas pessoas que não souberam explicar ao certo sobre o que é realmente a visão de mundo dos maias", disse Xicum à agência Efe.
"A visão de mundo maia é a união entre a natureza e Deus, é a união entre os corpos celestes com a mãe terra", completou o sacerdote.
O calendário maia é uma pedra de cálculo circular, disseminada na região da Mesoamérica, que, segundo o anuário gregoriano do sistema ocidental atual, foi iniciado no dia 13 de agosto de 3.114 a.C.
"O sistema de contagem de tempo dos maias não era linear, mas era circular e, por isso, o calendário também é circular, já que os ciclos começam em um ponto e terminam em si mesmos.
Assim, nasce um novo período", indicou Trejo, que colabora com a Secretaria de Turismo do México para falar sobre o Mundo Maia.
Trejo explicou que um baktun maia corresponde a um período de aproximadamente 394 anos, que, ao multiplicá-lo por 13 baktunes, resulta em 5.125 anos, ou seja, um ciclo completo.
No calendário mesoamericano, este ciclo será completado no dia 21 de dezembro de 2012.
María Eugenia Loria, uma matriarca maia originária do estado mexicano de Iucatã, disse à agência Efe que o calendário maia foi criado com base na observação do movimento dos astros em períodos de um ano e em ciclos de mais de 5 mil anos.
"Na mudança de ciclo que ocorrerá em dezembro haverá uma nova escalação de astros que pode gerar mudanças no clima, mas não sabemos a que extremo", indicou María Eugenia.
Já José Loria, outro líder maia no Iucatã, disse à agência Efe que a conclusão do ciclo do tempo calculado pelos maias provavelmente poderá influenciar o funcionamento do planeta.
"Algo no planeta está mudando porque há lugares em que nunca chovia e, hoje, chove demais, enquanto há outros lugares em que antes chovia e hoje é marcado pela seca", destacou Loria.
"Essas são as mudanças de ciclos que teremos que aprender, mas isso não significa que o mundo vai acabar neste ano", finalizou.
Imagem do vídeo da Universidade de Brown
por Leonor Mateus Ferreira,
editado por Ricardo Simões Ferreira
24 Julho 2012
editado por Ricardo Simões Ferreira
24 Julho 2012
Há cerca de 1600 anos, o Templo do Sol da Noite era um farol vermelho
visível a quilómetros de distância e decorado com máscaras
gigantes do deus sol maia, como tubarão, bebedor de sangue e jaguar.
Há
muito perdido na selva da Guatemala, o templo foi finalmente encontrado
pelos arqueólogos, revelando novas pistas sobre os povos rivais dos
Maia.
Ao contrário de outros impérios
relativamente centralizados como os Astecas e Incas, a civilização maia
estendeu-se pelo que são agora a Guatemala, Belize, México e Iucatão.
"Esta tem sido uma crescente tomada de consciência desde 1990, quando ficou claro que alguns territórios eram mais importantes que outros", afirmou Stephen Houston, arqueólogo da Universidade de Brown (EUA) que anunciou a descoberta do novo templo, à National Geographic.
Veja o vídeo da Universidade de Brown em Stephen Houston explica a descoberta (em inglês).
Em 2010, arqueólogos que trabalhavam no topo de uma colina perto do antigo centro da cidade descobriram a Pirâmide Diablo com 13 metros de altura.
No topo encontraram um palácio real e um túmulo, que se acredita ser do primeiro governante da cidade, que viveu por volta de 350 a 400 d.C.
Ao mesmo tempo Houston e um colega viram os primeiros sinais do Templo do Sol da Noite, atrás do túmulo.
No entanto, apenas recentemente as escavações encontraram obras de arte sem precedentes que permitiram perceber de que templo se tratava. Os lados da estrutura estão decorados com máscaras em estuque de 1,5 metros de altura, que mostram a face do deus sol à medida que atravessa o céu ao longo do dia.
A primeira máscara tem a forma de tubarão, provavelmente uma referência ao sol nascente das Caraíbas, a leste. O sol do meio dia é retratado com formas humanas, mas com olhos estrábicos, que bebe sangue. Uma série final de máscaras lembram jaguares locais que acordam do seu sono na selva ao anoitecer, segundo o arqueólogo.
Houston explicou à National Geographic que na cultura Maia o sol está intimamente ligado a novos começos e o deus sol à realeza.
Assim, a presença de rostos solares num templo ao lado de um túmulo pode significar que a pessoa enterrada no seu interior foi o fundador da dinastia regente da cidade.
A equipe de Houston encontrou indícios de que os Maia acrescentaram novas camadas ao templo ao longo das gerações, como se este fosse um ser vivo.
Modificaram, por exemplo, os narizes e bocas das máscaras de forma a envelhecê-los.
"Isto é muito comum na cultura maia.
É muito difícil encontrar qualquer representação de reis maias que não tenha os olhos ou narizes cortados.
Mas 'mutilação' não é o termo apropriado, eu vejo isso como uma desativação", declarou o arqueólogo.
Simon Martin, especialista em civilização maia do Museu de Arqueologia da Universidade da Pensilvânia (EUA) confirmou as informações dadas por Houston e afirmou que as máscaras recém descobertas são originais e valiosas.
"Temos imagens do deus sol em diferentes estágios mas nunca encontrámos nada que reúna tudo", declarou.
O templo está "maravilhosamente" bem preservado e é uma "verdadeira mina de ouro de informação", segundo o especialista.
Veja aqui a galeria de fotografias sobre a civilização Maia da National Geographic.
Fonte: http://www.dn.pt/inicio/ciencia/
"Esta tem sido uma crescente tomada de consciência desde 1990, quando ficou claro que alguns territórios eram mais importantes que outros", afirmou Stephen Houston, arqueólogo da Universidade de Brown (EUA) que anunciou a descoberta do novo templo, à National Geographic.
Veja o vídeo da Universidade de Brown em Stephen Houston explica a descoberta (em inglês).
Em 2010, arqueólogos que trabalhavam no topo de uma colina perto do antigo centro da cidade descobriram a Pirâmide Diablo com 13 metros de altura.
No topo encontraram um palácio real e um túmulo, que se acredita ser do primeiro governante da cidade, que viveu por volta de 350 a 400 d.C.
Ao mesmo tempo Houston e um colega viram os primeiros sinais do Templo do Sol da Noite, atrás do túmulo.
No entanto, apenas recentemente as escavações encontraram obras de arte sem precedentes que permitiram perceber de que templo se tratava. Os lados da estrutura estão decorados com máscaras em estuque de 1,5 metros de altura, que mostram a face do deus sol à medida que atravessa o céu ao longo do dia.
A primeira máscara tem a forma de tubarão, provavelmente uma referência ao sol nascente das Caraíbas, a leste. O sol do meio dia é retratado com formas humanas, mas com olhos estrábicos, que bebe sangue. Uma série final de máscaras lembram jaguares locais que acordam do seu sono na selva ao anoitecer, segundo o arqueólogo.
Houston explicou à National Geographic que na cultura Maia o sol está intimamente ligado a novos começos e o deus sol à realeza.
Assim, a presença de rostos solares num templo ao lado de um túmulo pode significar que a pessoa enterrada no seu interior foi o fundador da dinastia regente da cidade.
A equipe de Houston encontrou indícios de que os Maia acrescentaram novas camadas ao templo ao longo das gerações, como se este fosse um ser vivo.
Modificaram, por exemplo, os narizes e bocas das máscaras de forma a envelhecê-los.
"Isto é muito comum na cultura maia.
É muito difícil encontrar qualquer representação de reis maias que não tenha os olhos ou narizes cortados.
Mas 'mutilação' não é o termo apropriado, eu vejo isso como uma desativação", declarou o arqueólogo.
Simon Martin, especialista em civilização maia do Museu de Arqueologia da Universidade da Pensilvânia (EUA) confirmou as informações dadas por Houston e afirmou que as máscaras recém descobertas são originais e valiosas.
"Temos imagens do deus sol em diferentes estágios mas nunca encontrámos nada que reúna tudo", declarou.
O templo está "maravilhosamente" bem preservado e é uma "verdadeira mina de ouro de informação", segundo o especialista.
Veja aqui a galeria de fotografias sobre a civilização Maia da National Geographic.
Fonte: http://www.dn.pt/inicio/ciencia/
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